23 de dezembro de 2007

Aviso aos navegantes

Esta casa estará em recesso durante o período de festas, já que ninguém lê nada mesmo nesta época (e em nenhuma, pensando bem...). Voltaremos em janeiro, ou em edições extraordinárias.

17 de dezembro de 2007

15 de dezembro de 2007

Não

Eu não acredito em coelho de páscoa, em papai-noel, em feliz ano novo, em coleguismo no trabalho, em cerveja depois do expediente (nem na cerveja, nem no expediente), na confiabilidade das salsichas, em rótulo de produtos comestíveis, na palavra do balconista. Não acredito em deus de qualquer espécie, nem do diabo, muito menos em igrejas e padres, pastores, sacerdotes e assemelhados. Não acredito em parada gay, em heterossexual, em homens, mulheres, crianças, e, mais que qualquer coisa, em velhos. Sobretudo, não acredito em escritores - principalmente aqueles que se metem a contar histórias de gente tão maluca quanto eles. Não acredito em espíritos, em passes, em guias, em santos, em "energias" positivas ou negativas (a não ser que estejamos nos referindo à eletricidade). Não acredito na bondade desinteressada. Não acredito na maldade sem explicação. Mas, para não dizer que desacredito de tudo, posso dizer que acredito na infinita capacidade de o ser humano ser estúpido, imbecil e autodestrutivo. E não porque o mal nele habita, mas porque cada ser vivo nada mais faz que confirmar sua própria natureza. Nisso, talvez, eu acredite.

11 de dezembro de 2007

Viver é muito perigoso...

Podem me acusar de anti-ecológico, mas vou encabeçar um movimento pela aniquilação das antas. É impressionante como o número delas tem aumentado mais e mais nos tempos que correm... Estão em toda a parte: no metrô, nos ônibus, nos locais por onde passo e até onde trabalho. Aliás, é justamente lá que estão os exemplares mais típicos da antice tupiniquim. De fato, a microestrutura reflete a macroestrutura...

Algumas pessoas (sic) adoram fazer piadinhas sem graça. Mas vá você se meter a fazer uma - que pode até ser engraçada - com a figurinha pseudo-cômica. Aí o bicho pega.

Recentes pesquisas mostraram que chimpanzés têm memória melhor que a dos ditos seres humanos. Qual a novidade? Há pelo menos 15 anos tenho dito isso, insistentemente, a minhas alunas e meus alunos - que ter boa memória só prova sua vocação para máquina copiadora ou computador, e que isso nunca foi mostra de inteligência. Mas o que fazem quase todos(as)? Decoram tudo o que foi dito, escrito, lido. Mas são incapazes de elaborar um raciocínio, por tosco que seja, a partir do que viram. Máquinas, nada mais. Bem... agora podem se comparar ao macacos - prova cabal que, de fato, descendemos deles. Alguns, inclusive, por linhagem direta.

4 de dezembro de 2007

Constatações

...E quando as pessoas menos idiotas neste país acham que não pode ficar ainda pior, eis que nossa classe política mostra o quanto é enganoso acreditar nisso. E ainda nem chegamos ao fundo do poço (vazio, claro). Claro que os idiotas crêem que nunca esteve melhor. Os idiotas ou os mancomunados com o poder, que estes de fato nunca estiveram tão bem de vida.

1 de dezembro de 2007

Tragédias

Acabei de ler no jornal que cerca de 65% dos estudantes de escolas públicas estão satisfeitos com o ensino que recebem. Nesta mesma semana, contudo, ficamos sabendo que, além de estamos nos últimos lugares nos desempenhos em leitura e compreensão de textos e matemática, também seguramos a lanterna em ciências. A conclusão primeira é que não existe senso crítico nessa moçada que freqüenta a escola pública (se bem que, pelos relatos que recebo, está mais para escola "púbica"). Outra conclusão, que não é descartável, é que os aferidores internacionais de aprendizado não servem para nós, aqui do terceiro mundo. Este último raciocínio equivale mais ou menos a culpar o termômetro pela febre que sentimos, mas nem isso inibe as autoridades educacionais de fazer uso dele se necessário.
Vale dizer que essa história de permitir ao aluno avaliar o professor, à parte a demagogia que lhe confere forma, é um desses lampejos de calango que mereceria uma sova no meio da praça. E desde quando uma criatura que não sabe nem falar pode se dar ao direito de dizer se o professor sabe ou não "dar aulas"? Não que o mercado não esteja repleto de imbecis, incompetentes, larápios, embusteiros e assemelhados que se dizem "professores" e não façam mais que desfilar seus egos ou sua ignorância, ou se dediquem à doutrinação mais fdp que vocês puderem imaginar. Mas convenhamos, de onde tiraram a idéia de que o aluno tem alguma capacidade de dizer que a escola é boa? Boa em que sentido? Boa para quê? Só se for para venda e consumo de drogas, prostituição, violência, roubo e furto. Sim, porque estelionato é em outra instância, como sabemos muito bem.
E vocês ainda querem que eu acredite em alguma esperança? Ah, esperem sentados(as)!