13 de julho de 2006

Nada a ver, mas...

Como dizem por aí, "cada um é cada um", ou seja, não devemos pautar o comportamento alheio - reprovável ou não - pelos valores que defendemos e praticamos. E, ainda que eu mesmo não seja um exemplo de boa pessoa, acredito na validade de algumas coisas, digamos, "ultrapassadas". Senso de compromisso, por exemplo. Ao assumir uma tarefa, desde que ela não me tenha sido imposta (entenda-se: enfiada goela abaixo), faço o que for possível para cumpri-la até o fim. Caso não consiga, por motivos vários, isso sempre me custa caro: doenças somatizadas, analista etc. Porque é uma questão de palavra empenhada, artigo cada vez mais raro por aqui e em qualquer outro lugar do mundo. Fato é que me irrita além da conta gente que não cumpre o acordado, que pula fora do barco na primeira oportunidade sob qualquer alegação que não seja morte em família ou a sua própria, ou mesmo problemas de saúde incontornáveis. A sensação é que você foi ludibriado, perdeu tempo e inteligência com pessoas que não souberam valorizar o empenho pessoal que você dispendeu. É um porre mesmo. Tive experiências recentes com isso, e, olha, isso só me fez reforçar certas idéias que eu já elaborava a respeito. Essa é a parte boa, para que não digam que sou um irremediável pessimista: não dê um chapéu nos outros, porque a sensação é horrível. Ok, há quem mereça, mas nem mesmo isso justifica seus atos. Pior mesmo é quando você descobre que a pessoa que aprontou com você está se divertindo por aí, na boa, sem um pingo de culpa. Mas, como eu disse logo acima, "cada um é (mesmo) cada um"...

3 comentários:

Anônimo disse...

Será que eu captei a mensagem? Como andam 'aquelas' coisas?
Bom fim de semana. Besitos.

Anônimo disse...

Já sofri com essa sensação, o desapontamento. Hoje não, meu pessimismo chegou a tanto que já não espero por cumprimento de promessas (nem pelas minhas).

Anônimo disse...

Adorei o texto! Levar o bolo é horrível mesmo!

Beijos,
Cláudia Dans (do curso da Usp)