Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
14 de setembro de 2007
Mas, no fundo...
Definitivamente, vou me tratar. Ou isso, ou ainda sairei pelo mundo numa cruzada à caça dos imbecis voluntários. Minha misantropia está chegando a limites assaz perigosos: não suporto tiques nervosos (a não ser os meus), não gosto de gente feliz com suas limitações, tenho nojo de quem arrota orgulhosamente sua ignorância em tudo como se fosse sapiência. A feiúra alheia me constrange. Gente comendo me dá engulhos. Fujo de maltrapilhos, mas evito também os pretensamente bem-vestidos. Desconfio de quem usa gravata e gosta disso. Mas também não dou confiança a quem usa camiseta com dizeres contestatórios e/ou engraçadinhos. Não vejo graça em programas de humor, e, se pudesse, trancaria todos os palhaços sob uma lona de circo e poria fogo em tudo. Manias alheias me cansam; as minhas já me bastam. Detesto quando me subestimam, mas suporto menos ainda que me superestimem. Fujo dos elogios fáceis. Não gosto de críticas fúteis. Não é por acaso que sou totalmente a favor de que haja controle da posse e uso de armas. Não sobraria ninguém vivo.