Ando tão assoberbado com meus problemas que sequer notei o terremoto que abalou São Paulo ontem. Terremoto? Que terremoto? Numa cidade como a nossa, onde ir de casa ao trabalho já é uma aventura épica, quem é que está ligando para uma porcariazinha de tremor de terra? Alguém morreu? Algum edifício desabou? Uma epidemia de tifo se espalhou pela metrópole? Não, nada. Somos um povo tão bunda que sequer temos o luxo dessas desgraças em grande escala. Para nós, componentes desta geléia malcheirosa, resta a comédia do linchamento moral e físico, a demagogia com o miserê alheio, as manifestações de solidariedade de tapinhas nas costas e missas campais. Terremoto? Oras, terremoto é tentar sobreviver honestamente neste país de sanguessugas e honrados fdps.
E vocês viram o padre voador? Sinceramente, quem se mete a uma aventura estúpida dessas, sem conhecimento algum, sem um mínimo controle das condições técnicas, sem saber sequer manejar um GPS, tem mais é que cair ao mar e por ele ser tragado. Não que o mar mereça isso, mas... Deus? Onde ele estava mesmo?
Vale dizer que hoje passei mal, mas ainda não morri. Torçam bastante vocês aí.
Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
23 de abril de 2008
18 de abril de 2008
Feriado? Que feriado?
Eu devia fazer aqui uma lista das coisas que não fiz, dos filmes a que não assisti, dos livros que não pude ler, das pessoas queridas que não visitei, enfim, dos pequenos prazeres que tornam a vida menos insuportável. Desisti, é óbvio, para não cair numa depressão ainda maior. Enquanto isso, la nave va...
Mas nem tudo se resume a pequenas desgraças: há as enormes, mas essas nem preciso listar, já que aparecem nas manchetes dos jornais diários. De mim, creio que finalmente cheguei a uma decisão, não sei se equivocada (mas penso que não), sobre os rumos, por assim dizer, profissionais. Vou tentar viver um pouco. Só isso. Ou tudo, vai saber.
Mas nem tudo se resume a pequenas desgraças: há as enormes, mas essas nem preciso listar, já que aparecem nas manchetes dos jornais diários. De mim, creio que finalmente cheguei a uma decisão, não sei se equivocada (mas penso que não), sobre os rumos, por assim dizer, profissionais. Vou tentar viver um pouco. Só isso. Ou tudo, vai saber.
16 de abril de 2008
8 de abril de 2008
Outra novidade desinteressante
E eu que achava que nunca iria trabalhar na editora Abril... Quem diria! Ok, não é exatamente onde eu queria (na Playboy, como fotógrafo...rsrs), mas não vou dizer que é o pior dos mundos. Mas... e agora, pra que lado da encruzilhada eu devo seguir?
2 de abril de 2008
Liquidação
À primeira motivação para a vida, o sexo, o mundo do capital criou outro, o dinheiro. E ambos nunca mais se separaram.
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