Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
28 de novembro de 2008
Reflexão irrefletida - 2
Mesmo entre pessoas de meu relacionamento, espalha-se a praga da crença em deus. Em qualquer tipo de, embora o cristão seja o mais disseminado. As justificativas são várias, mas o denominador comum é a necessidade que os crentes têm de justificar o que ocorre com elas e com o mundo ao redor. "Tudo se explica por Deus" talvez fosse a frase mais adequada para atitudes assim. O que de bom ocorre é obra de Deus. O de ruim também, já que "Ele escreve por linhas tortas" e blábláblá... Se assim for, então a divindade não apenas é sádica, mas é gozadora. De um humor cruel, mas nem por isso desprovido de atributos. O que talvez mostre o quanto qualquer deus sempre está próximo da sociedade e do tempo que o criou e o venera. Tenho de dar o braço a torcer, nesse sentido. Deus existe, mas só como representação de nosso pensamento - como quase tudo que fazemos, alíás. Como somos incapazes, pela natureza autodestruidora que nos define, de fazer qualquer coisa que não seja em nosso próprio benefício, então a desgraça fica assim. De qualquer modo, sempre me decepciono quando pessoas inteligentes buscam na religião alívio para suas mazelas...