- Reparei que a quantidade de malucos à solta por aí tem aumentado de maneira exponencial. Quando eu digo "malucos" estou me referindo a gente sem a menor capacidade de conviver socialmente - gente como eu, por exemplo. Eu sabia que essa onda deo politicamente correto ia dar em desastre. Como agora ninguém mais é doido, ficam todos soltos por aí até um deles matar alguém ou agredir desavisados com tacos de beisebol.
- Um dos tipos de gente que detesto consiste na figura escorregadia, que nunca tem opinião a respeito de nada, muito pelo contrário, e sempre fica à espera de uma brecha sua para usar seus argumentos contra você. São pessoas de muito sorriso e nenhum juízo. Se vir uma pela frente, fuja.
- Eu ia publicar um poema hoje, homenagem singela a uma amiga muito querida. Deu preguiça, fica pra outro dia.
Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
13 de abril de 2010
10 de abril de 2010
Sabedorias sem sal - 2
- Não existe um sentimento de amor que não tenha como resposta um pé na bunda ou um coice na cara. Ou ambos.
- Entre um sanduíche ruim mas que mata a fome e um repasto de alta gastronomia que só pode ser contemplado pela vitrine, melhor o primeiro - ainda que a azia não tarde a se manifestar.
- Esquecer é a coisa mais fácil do mundo se você não tiver o menor interesse na coisa em si.
- Na impossibilidade de ganhar o jogo, mude as regras. Esta é uma máxima que o jogo político atual só faz confirmar.
- Entre um sanduíche ruim mas que mata a fome e um repasto de alta gastronomia que só pode ser contemplado pela vitrine, melhor o primeiro - ainda que a azia não tarde a se manifestar.
- Esquecer é a coisa mais fácil do mundo se você não tiver o menor interesse na coisa em si.
- Na impossibilidade de ganhar o jogo, mude as regras. Esta é uma máxima que o jogo político atual só faz confirmar.
4 de abril de 2010
Poema
Era para ser postado na quinta-feira, mas a vida anda muito corrida...
"Das afinidades"
para M.
O que separa o rio do mar que ruge
É da mesma substância que em nós mata
Seja o caldo do espírito, seja o sal
Dos corpos após o amor, suor, refluxo.
No dentro de nós a escuridão vem
E oscila entre quereres desfolhados
Ao claro nossos rostos - sós - revelam
Um sol gelado e dedos descuidados.
E o que de ti me emana - um amor
De farpas e trilhas acidentadas
Reflui em acres lagos e folhagens
Ácidas - fruto verde de futuros
Obscuros, mas plenos de ventos prenhes
Repousos, sono sob o lodo e o limo.
"Das afinidades"
para M.
O que separa o rio do mar que ruge
É da mesma substância que em nós mata
Seja o caldo do espírito, seja o sal
Dos corpos após o amor, suor, refluxo.
No dentro de nós a escuridão vem
E oscila entre quereres desfolhados
Ao claro nossos rostos - sós - revelam
Um sol gelado e dedos descuidados.
E o que de ti me emana - um amor
De farpas e trilhas acidentadas
Reflui em acres lagos e folhagens
Ácidas - fruto verde de futuros
Obscuros, mas plenos de ventos prenhes
Repousos, sono sob o lodo e o limo.
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