Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
22 de junho de 2010
Das doenças
Nas minhas andanças por aí conheci um bocado de pessoas doentes. No caso, doentes mentais. No geral, entre esquizofrênicos, psicóticos e paranoicos, a incidência maior está entre os últimos. No fundo, creio que todos somos um pouco cada um desses, em maior ou menor grau, o que possibilita ou impede a convivência social, conforme o caso. O problema é que alguns desses andam por aí, frequentando os bancos escolares. Há os que, inclusive, ministram aulas. Complicado quando esses duas figuras se encontram no mesmo tempo e espaço. Pior ainda: um não reconhece no outro sua própria doença. De modo que qualquer possibilidade de haver sociabilidade ali torna-se impossível. O encontro entre egos semelhantes, na cegueira e na insegurança, pode gerar incidentes irremediáveis. Melhor não misturar.