Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
31 de julho de 2010
Incompreensível
Imaginem a figura: pede para ser amada, mas se você esboça algo nessa direção ela diz que nunca quis isso. Se você descarta o emocional e se restringe à parte física, ela cobra sentimento de sua parte. E assim em tudo, do sabor do pastel ao recheio da torta; do programa de fim de semana ao trabalho de todos os dias. Quanto quente, quer o frio; quando frio, deseja o nordeste. De tudo se queixa um muito, mas não admite um isso de boca alheia. E ainda diz que o doente sou eu. Engano dela: sou descrente.