"Este poema não é para você"
Há uma balbúrdia ao derredor.
Quiçá a luz aconchegante e o café sobre a mesa.
A turba sandia dispara algaravias
Em toscas linhas sob o pé-direito vasto.
Não obstante isso, escrevo este poema,
Infenso à estultice que próxima a mim grassa.
Como a dizer do que descreio,
O destino, a divindade, cruzar de dedos,
A Fortuna, pesadelo, as pobres Parcas;
A última moda, o amor, o seu perfume.
E no fim desta tarde de plúmbeas plúvias,
O poema, esquadria pensa do que sinto,
Descencrava a harmonia que teimam os cacos em conspurcar.