Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
16 de março de 2011
Explicação
Há certas categorias humanas que parecem imunes ao efeito do banho: mal entram no ônibus e já fazem sentir sua presença, cujo magnetismo se resume ao fato de o cheiro que delas emana impregnar sua roupa e seus cabelos de maneira quase indelével. É isso ou vêm banhadas em perfume, daqueles baratos (ou mesmo dos caros), que de tão fortes até dão um barato e a ressaca respectiva. Volto a dizer: essa coisa de perfume é a maior mostra de refinamento que conheço. Ou você aprende a usar ou passa vergonha e irrita os demais. E tudo se resume a duas palavras: adequação e parcimônia. Agora, vá explicar isso para essa gente.