28 de novembro de 2008

Reflexão irrefletida - 2

Mesmo entre pessoas de meu relacionamento, espalha-se a praga da crença em deus. Em qualquer tipo de, embora o cristão seja o mais disseminado. As justificativas são várias, mas o denominador comum é a necessidade que os crentes têm de justificar o que ocorre com elas e com o mundo ao redor. "Tudo se explica por Deus" talvez fosse a frase mais adequada para atitudes assim. O que de bom ocorre é obra de Deus. O de ruim também, já que "Ele escreve por linhas tortas" e blábláblá... Se assim for, então a divindade não apenas é sádica, mas é gozadora. De um humor cruel, mas nem por isso desprovido de atributos. O que talvez mostre o quanto qualquer deus sempre está próximo da sociedade e do tempo que o criou e o venera. Tenho de dar o braço a torcer, nesse sentido. Deus existe, mas só como representação de nosso pensamento - como quase tudo que fazemos, alíás. Como somos incapazes, pela natureza autodestruidora que nos define, de fazer qualquer coisa que não seja em nosso próprio benefício, então a desgraça fica assim. De qualquer modo, sempre me decepciono quando pessoas inteligentes buscam na religião alívio para suas mazelas...

26 de novembro de 2008

Retificando

Não foi apenas um dia perdido: foi um fim de semana todo. E a saga continua... O que não fazemos por uns trocados...

21 de novembro de 2008

Arre!

Um dia perdido revisando um texto que ninguém vai ler. E se ler, não vai entender. (E do jeito que a coisa vai, estou quase entrando com uma denúncia na OIT contra trabalho escravo, ou quase.)

18 de novembro de 2008

Baladas no cérebro

Para que este blogue não deixe em branco: a partir desta quinta-feira, mais uma edição da Balada Literária, capitaneada pelo agitador cultural-mor Marcelino Freire. Prometo sair de minha habitual letargia e comparecer ao menos em alguns dos eventos. Mais informações, clique aqui.

13 de novembro de 2008

Acontece que...

Ok, Obama venceu as eleições, fato histórico em si por ser um negro (aliás, nem tanto assim, sejamos francos) que passará a habitar a Casa Branca. Mas, ao contrário do que imaginam os ingênuos e os tolos, não é isso que vai mudar alguma coisa - nem lá, e muito menos cá. Por sinal, a vitória de Obama confirma a tese do bode na sala: o essencial permanece o mesmo, mas o aroma melhorou bastante. Em outras palavras, entre Bush e Obama, não há termo de comparação. E, entre McCain (e sua candidata a vice, uma das figuras mais grotescas e hediondas a surgir no mundo político desde pelo menos Hitler) e Obama, o bom senso - matéria-prima escassa em nossos tempos - diria que o segundo tem menos chances de cometer um desastre. Ou, quem sabe, um desastre de menores proporções.
Fora isso, não vejo a razão de tanto entusiasmo. O cara vai governar os Estados Unidos, e tudo fará para defender os interesses da nação. A dele, não a nossa (a não ser que a sobrevivência deles dependa, de alguma maneira, da do Brasil). Não botem muita fé, porque, na hora H, não há dúvidas para que lado o barco vai virar. Agora, acreditar que o sujeito, por ser negro, vá mudar um milímetro a política e a economia daquele país, é ser tolo, demagogo ou um rematado filho-da-mãe. Façam suas apostas.

11 de novembro de 2008

Depois de muito tempo...

"Da consciência"

A madrugada é de sobressaltos:
Motos disparam tiros no meio dos sonhos
Gatos gemem sirenes cantam sua canção
De sílabas que nos rasgam a carne. A mulher grita
Na casa ao lado e, na dúvida, ficamos
Com a TV, a distância que nos aparta
A consicência de que é assim mesmo.
E a certidão de dormirmos sem rolar
Pela cama e pela sala - que mantemos
De luz acesa - olhos e ouvidos abertos -
E trancas de aço reforçadas.

9 de novembro de 2008

Hoje é um bom dia para morrer

Lema klingon (de Jornada nas Estrelas) para abrir mais uma semana de trabalho insano e tormentas pessoais.
Mais uma pro caderno de promessas que não serão cumpridas: se eu me livrar dos trabalhos que tenho de entregar esta semana, juro que vou diminuir o ritmo, sob risco de cair morto na frente do computador ou sobre um livro que eu estiver revisando...
Tenho uns poemas que eu queria publicar aqui, mas vou deixar pra outro dia. Agora estou morrendo de sono.

7 de novembro de 2008

A verdade é que...

...a velhice (ou maturidade, como queiram) é só aquele tempo e que você mais e mais se aproxima da possibilidade de morrer de repente. Não da forma mais besta, que isso é para os jovens. Mas não poder mais comer o que se deseja, beber o que apetece, dormir pouco etc. sem que isso cause desarranjos infindáveis. Ou, por nada, contrair uma doença idiota que vai dar cabo rapidinho de suas últimas ilusões. Envelhecer é isso.

4 de novembro de 2008

Recado

Olha, fui até ali e volto logo. Quer dizer, tão logo a necessidade de sobrevivência me permita.