30 de junho de 2007

Últimas

Estive ontem na abertura da FLAP. Hoje, por conta de um mundo de coisas chatas, não pude ir aos debates. Depois, pensei melhor e achei bom não ter podido ir, já que havia o risco de encontrar gente de quem não gosto, e não preciso de mais essa pra estragar minha vida.
Devo estar ficando velho e (mais) chato. Não que eu tenha desgostado dos poemas lidos ontem, mas a Casa das Rosas meio que me deprime com aquelas luzes amareladas, aquele clima soturno, o ar de século passado. Junte-se a isso os poetas, os seres mais estranhos que habitam este planeta miserável. E, convenhamos, alguns poemas eram ruins, não havia café por perto para a gente beber enquanto ouvia as declamações, entrava um frio pelas janelas (que, fechadas, intensificavam o odor de mofo do lugar), essas coisas... Saí de lá quase na hora do intervalo programado, cansado, com a sensação de que devia ter ficado em casa. Mas, sei lá, de repente era eu mesmo o problema...

28 de junho de 2007

FLAP

Para quem ainda visita este blogue, fica o convite para nos encontrarmos na FLAP... Mais detalhes: http://flap2007.zip.net/
Clique na imagem para vê-la maior.

27 de junho de 2007

O que não faz o desemprego...

Das coisas que a gente faz na internet... Mas não vou dizer que fiquei insatisfeito com o resultado...hehehe!

Your results:
You are Jean-Luc Picard
































Jean-Luc Picard
75%
An Expendable Character (Redshirt)
75%
Spock
70%
Leonard McCoy (Bones)
55%
Deanna Troi
50%
James T. Kirk (Captain)
45%
Chekov
40%
Data
39%
Uhura
35%
Geordi LaForge
35%
Will Riker
35%
Mr. Scott
30%
Beverly Crusher
30%
Mr. Sulu
25%
Worf
25%
A lover of Shakespeare and other
fine literature. You have a decisive mind
and a firm hand in dealing with others.


Click here to take the Star Trek Personality Test

25 de junho de 2007

Saldo

Assim como muitos, também tive uma fase de aderir a uma religião. Da perspectiva de quem me conhece hoje, um espanto. Mas na verdade nunca fui um religioso convicto. Ao contrário, tudo me parecia por demais duvidoso, embora eu fizesse força para acreditar. Por fim, saí daquela igreja, me afastei dos amigos que fiz por lá, fechei aquela porta. Aquilo cheirava demais a dinheiro, esse era o problema. Não que eu não goste dele; apenas achava que o discurso não combinava com a prática - sim, eu era mais ingênuo do que sou hoje. No fundo, eu estava em busca de algo que não me parecesse contraditório, ao menos não de forma tão escandalosa assim. Meu ateísmo, que parece inato, juntou-se ao anticlericalismo adquirido na prática social. A suprema ingenuidade, entretanto, residiu na ilusão de que o chamado "mundo real" fosse menos pior - o que, cedo, pude comprovar que não.
Difícil crer em alguma coisa, hoje em dia. A única que sobrou, para não cair no paroxismo absoluto, é a crença na inviabilidade do gênero humano. Infelizmente, esta se confirma a cada momento, em cada notícia, em cada passo que arrisco por aí.

20 de junho de 2007

Com a devida licença...


Não é verdade que "o sonho acabou"; ele nunca existiu - não na forma como o imaginamos, em nossa ingenuidade.

18 de junho de 2007

Como fazer inimigos e atazanar as pessoas

Além do prometido romance - que, acreditem, está sendo escrito - eu deveria ocupar meu tempo livre com a redação de livros de auto-ajuda. Assim como meu querido parceiro Zé Mucinho teve seu O Sucesso Não Ocorre no Meu Caso, cujo título parodia esse tipo de publicação, também eu deveria investir no segmento, com enormes chances de sucesso. E, para que não saiam por aí dizendo que minha única preocupação é com o marketing pessoal, escreverei um híbrido de livro de memórias com manual do escoteiro-mirim, cujo nome encima este post. Em grande parte baseado em minhas experiências pessoais no trato diário com a humanidade, meu livro estará na cabeceira de todos os grandes líderes mundiais, dos regionais, dos locais e até mesmo dos suburbanos. Claro que um e outro prescindirão do material, visto serem craques na matéria. Penso, inclusive, na nobre classe dos escritores - em particular a dos poetas, embora isso valha para alguns prosadores - que certamente encontrarão no meu livro uma fonte quase inesgotável de inspiração para o exercício da arte literária brasileira. Não direi, contudo, que parte considerável dos conselhos veio da observação atenta do comportamento de alguns nobres colegas, que isso seria mentira caluniosa. Não, meu livro baseia-se apenas e tão somente em mim mesmo, a única pessoa capaz de ter semelhante grau de iluminação, como nunca na história deste país. Aguardem, pois, mais um produto de minha genialidade. Breve, em todas as sex-shops do planeta. Haverá tradução em catalão e iídiche, para quem quiser.

11 de junho de 2007

Vamos lá?

Sei que é dia dos Namorados e coisa e tal, mas valeria a pena prestigiar o evento. Conheço o texto de algumas das participantes, e garanto que é de altíssima qualidade.
Lançamento de coletânea de poesia Leitura e lançamento de coletânea, em que participam Ana Maria Ramiro, Ana Rüsche, Andréa Catrópa, Marília Kubota, Silvana Guimarães, Sílvia Chueire, Simone Homem de Mello e Virna Teixeira (organizadora). 12 de junho, 20h, Academia Internacional de Cinema. R. Dr. Gabriel dos Santos, nº 142, Higienópolis. Mais informações: http://8femmes.wordpress.com/

8 de junho de 2007

Notas no meio do feriado

Fui aos Encontros de Interrogação na quarta-feira. Premido por um compromisso anteriormente agendado (que nem acabou acontecendo - viu Kuka? Hehehe!), acabei assistindo a apenas uma das conversas, que reuniu Marcelino Freire, Evandro Afonso Ferreira, Raimundo Carrero e Maria José Silveira. O debate girou em torno de uma questão que, sob meu ponto de vista, já deu o que tinha que dar: o (falso) dilema entre o privilégio à forma ou ao conteúdo na criação literária. "Forma", no caso, referindo-se ao trabalho com as palavras, com o material à disposição do escritor. Não obstante isso, não direi que a conversa foi ruim - pelo contrário. As intervenções desconcertantes do Evandro foram impagáveis, desmontando toda a argumentação em torno da "consciência criadora". O pior é que tanto Carrero quanto Maria José Silveira, talvez em virtude da natureza dos encontros - o academicismo parecia um corpo estranho lá -, tenham refreado as contestações à atitude provocativa do autor de Grogotó.
Outro ponto interessante foi a "chamada pro pau" que Raimundo Carrero impetrou contra Antonio Candido e a USP. No atual momento, em que todo mundo resolveu descer a cacete na universidade pública e, mais particularmente, na referida USP, soou desagradável. Mais: o ponto de vista de Carrero a respeito da obra de Candido estava mais do que equivocada. De duas uma: ou o sujeito leu mal, ou leu muito bem mas achou bonito posicionar-se contra para ser "dialético". As reações na platéia não eram exatamente favoráveis a Carrero, diga-se de passagem...
À saída, Marcelino Freire veio falar comigo, perguntar do texto que ele havia mandado para mim. Contei essa? Pois é: a meu pedido, ele havia ficado de escrever uma orelha ou apresentação para meu próximo livro de poemas. Demorou um tempo, eu enchi um pouco o saco dele, mas há alguns dias ele me enviou o arquivo. Confesso que me comovi, eu que tento ser imune a essas coisas. Nunca imaginei que meus poemas pudessem ter provocado tal reação num leitor, ainda que privilegiado. Agora só espero que o pessoal da editora pense o mesmo...hehehe!

Este blogue sofre de um problema sério: é restrito a um pequeno grupo de leitores. Da mais alta estirpe. Acontece que é da natureza dos blogues a plena acessibilidade, de modo que fico aqui nessa atitude esquizofrênica de querer ser lido e, ao mesmo tempo, ter de resguardar da invasão de indivíduos desprezíveis, que vêm me ofender anonimamente - embora eu saiba quem são eles. A idéia de acabar com os comentários já me foi sugerida, e voltou a ser avaliada. Talvez seja o caso. Quem quiser dizer alguma coisa, que me mande e-mails. Dá mais trabalho, mas não deixa de ser um filtro. Vamos ver.

6 de junho de 2007

Encontros de Interrogação

Hoje, amanhã, sexta e sábado acontecem os debates dos Encontros de Interrogação, no Itaú Cultural. Para quem se interessa pela cena literária (em todos os sentidos, inclusive...hehehe!), vale a pena a visita. É grátis, mas convém chegar antes pra garantir um lugar. Mais informações, no site http://www.itaucultural.org.br
Nos vemos lá?

4 de junho de 2007

Nada a dizer.

Mas repararam que este blogue está cada vez mais cheio de adereços? Daqui a pouco dá até para entrar numa escola de samba...

1 de junho de 2007