27 de fevereiro de 2009

Reflexões para o dia de hoje e para os seguintes

- Nada como uma mesa após a outra.
- O fato de eu ser um calhorda antissocial não me impede de gostar da companhia das pessoas. De poucas, reconheço, mas nem por isso vou me sentar no cantinho do quarto e ficar lamentando o quanto sou insuportável. Cada um arca com aquilo que plantou, ora essa!
- Não se armazena pólvora em casa impunemente. Uma hora a coisa explode.
- A diferença entre a paixão e o amor é a seguinte: na primeira, você sofre enquanto ela existe; no segundo, você sofre depois que ele acabou (se é que um dia houve). Mas, sinceramente, quase tudo se resume a duas coisas básicas: dinheiro e sexo, não necessariamente nessa ordem. O resto é o medo que temos de ficar sozinhos. Solidão é um peso insuportável para muitos.
- Os(As) jovens que me desculpem, mas não há mais ilusão alguma no horizonte que nosso tempo não tenha feito em pedaços. E não há cola que dê jeito.

26 de fevereiro de 2009

Pós-o-de-sempre

A única coisa boa do carnaval: a cidade vazia. O ruim é que estão todos de volta, inclusive o Exalta Samba (ou seja lá como se escreve o nome dessa trupe).

20 de fevereiro de 2009

17 de fevereiro de 2009

Nuvens de tempestade

A cena política não promete nada que não o costumeiro: ditaduras aqui e ali, disfarçadas de "democracia"; a corrupção em todos os níveis e nas formas mais escandalosas; o aparelhamento do Estado em função dos "amigos"; a rapinagem de sempre, numa repetição nauseante "disso que está aí". Pode até ser que nos safemos do diabo da crise, ainda que os mortos sejam contados aos milhares, mas nem isso nos salvará de políticos mais e mais embriagados pelo poder a ponto de perderem todos - eu disse TODOS - os tênues freios morais que ainda sustentavam as encenações de alguma dignidade. E não há para onde ir, já que "oposição" virou termo obsceno - aqui e alhures. Bom, mas nem nisso há qualquer novidade, há?

Tem coisa mais odiosa que gente que defende "a moral e os bons costumes"? Esses fazem par com os que adoram defender os "oprimidos", mas não abrem mão de seus próprios confortos burgueses. É por isso que não defendo nem uns nem outros, ora essa. Afinal, alguém por aí me defende? Pois é, nem precisam responder...

Só uma palavra: cáspite!

14 de fevereiro de 2009

Sim, mas...

A paixão é uma merda. E apaixonar-se, por consequência, é mergulhar de cabeça numa piscina de bosta. Eu escrevi piscina? Corrijo-me: um oceano. No entanto, o que faríamos sem ela, a paixão? Claro que estou me referindo a ela em seu conceito mais comezinho, banal, de sentimento supostamente amoroso. E, ao mesmo tempo, sagrado - pelo que ela nos leva a fazer, coisa que só os doidos imbuídos da certeza da fé são capazes de levar adiante. E a paixão envolve, no mais das vezes, o impossível, pois embute o desejo, a condição desejosa. Enfim, uma merda mesmo.

12 de fevereiro de 2009

Eu não disse?

Remeto as pessoas que porventura leem este blogue para meu post de 13 de novembro passado (grato, Fernando!). Nada, nada de novo no front...

10 de fevereiro de 2009

Mais reflexões distendidas

- Não fossem os idiotas, imbecis, calhordas e fdps em geral, que seria de nós, os perfeitos?
- Cada maluco tem seu par correspondente, em gênero e grau de periculosidade. Ou, para usar um chavão, todo pé - por pior que seja - sempre encontra seu sapato velho.
- Tudo é uma questão de método e de rotina. Não deixe os desorganizados tomarem conta da mesa. E, sobretudo, mantenha sempre a expressão de serenidade. Aquela, das samambaias...
- Sabe quando esse país vai tomar rumo? Só quando o "rumo" for o fundo do poço. Que, para nosso azar, estará repleto de merda. Bom, olhando o cenário político, acho que não falta muito para isso se concretizar...

5 de fevereiro de 2009

Frase do dia

O moralismo empedernido esconde um ser devasso; este, por seu turno, se pendura no mais arraigado moralismo. Ou, em outras palavras: nada mais moralista que um devasso e nada mais devasso que um moralista.

Bizarrices

Acho que tudo deve ter um limite, mesmo a dita "normalidade". Quer gente mais chata que as "normais"? Vale o mesmo para o reverso da medalha. Insanos, em geral, me incomodam muito. Psicopatas mais ainda. Ok, não sou nenhum modelo comportamental, tenho manias insuportáveis (para os outros), tiques irritantes, uma certa necessidade de enxergar tudo em tons de cinza ou de ser do contra (que alguns chamam, gentilmente, de "pessimismo"), gosto de camisas polo e calças jeans, ouço música brega, sou contra a pirataria de produtos e obras de arte - enfim, sou louco à minha maneira. Mas ao menos uso escadas rolantes, não imagino ser o melhor escritor do mundo, muito menos fico me gabando de minha suposta formação escolar sofisticada. Também não saio às ruas defendendo moradores de rua, sem terra ou coisa do tipo. Sou uma contradição ambulante, claro. Mas todos somos. (E, sim, este post é só um desabafo.)

3 de fevereiro de 2009

Volta

As aulas na faculdade onde leciono recomeçaram. Cheguei esbaforido, já que o tempo que tenho entre um trabalho e outro é bastante curto. Pela experiência de ontem concluí que se ocorrer qualquer imprevisto, posso não conseguir chegar em tempo. Mas, voltando ao principal, fazia tempo que eu não via tanta gente lá. Ok, o fato é algum gênio bagunçou as listas e havia aluno de um campus indo para outro, professores perdidos, funcionários atarantados - sem contar o trote, que acontecia lá na rua: cabelos cortados, tinta no rosto, nas roupas, o diabo.
No fim, acabei dando minha aula para uma pequena plateia de pessoas atentas. Estava sentindo falta disso. Dar aulas para gente interessada é sempre estimulante. Fazê-las sentir interesse, mais ainda. Ainda existe algo de bom nessa vida, afinal (mesmo que muito relativa, evidentemente!).