22 de abril de 2013

Ocorre que o blogue não está podendo ser acessado, pois alguma coisa faz com que o usuário seja direcionado para uma página que não tem nada a ver com nada. Claro que, sendo eu quem sou, não tenho competência técnica para resolver esse problema. Se não achar uma solução nos próximos dias, bye-bye Arquitetura da Palavra no Blogspot.

23 de junho de 2012

Após um longo e tenebroso verão...

Conto novo na parada. Duas pessoas são "culpadas" por isso. Não vou dizer o nome de nenhuma das duas, até porque ninguém tem nada com isso. Não sei se será a versão final, mas muito provavelmente não. Por ora, está mais para uma "aversão inicial". “Do outro lado” Começa devagar, como em duelo, esse dueto dúbio sob o sol invernal, nem por isso menos cáustico, começa que ela está do outro lado da avenida de dupla pista, vejo quando ela me pisca, aqueles olhos feitos amoras, à distância amara, começa devagar em meio a carros motocicletas bicicletas ônibus cortando nossa visão, vislumbrando-me versões pastel de suas coloridas vestes, cândida vestal, em voltas que vão e vêm. Assim devagar, enquanto sopra um vento sob o sol invernal que ao leve levanta o que ela veste, um pouco, revelando suaves coxas que lápida recobre com rubor nas faces, aguardando que as luzes mudem de fase, o rubro diante nós, sem intenção de me deixar passar, e ela sorri quase me convidando a ir, em suicida caminhada, ao encontro do que me promete aquele riso franco, encimado pelo sabor de amora sob o sol de inverno, o vestido curto de cores cítricas. Assim, lentos, os segundos escorrem em décadas, dissolvendo tempo, tarde, os cabelos dela desafiando a gravidade, as luzes que esboçam sinalizar um lapso, e meu corpo se retesa, vejo que o dela também, antes de eu lhe acenar a dizer que aguardasse e se guardasse, sem dubiedade, sem duvidar de que fizesse a travessia daquele caudal escuro onde nadávamos nossas dúvidas, as luzes mudam, e eu, mudo, cruzo a dupla via, embora cuidoso, vejo que ela cresce toda em meu olhar, primeiro em pernas, depois o corpo, enfim o rosto onde colho as amoras ali plantadas, sob o sol de inversos, o amor que ali se plantou, o riso aberto, como entreaberta a boca, os lábios em mim, eu inteiro neles, ambos inteiros em nós e laços, enlaçados em braços, quase tornados em um, unidos, agora não mais devagar, sôfregos, ainda assim suspensos, num querendo que ali se fazia, fazendo, sendo, sob o sol de inverno sem nenhum sentido senão mãos, bocas, lábios, peles, cabelos.

15 de outubro de 2011

Olha, cansa...

As coisas são assim: você pode até simpatizar com alguém, mas não tem como fazer com esse alguém simpatize com você. Ou vice-versa. E nem é por conta de algo que você tenha feito ou deixado de fazer, por causa de seu perfume ou de um odor particular, ou mesmo em função do que outros disseram a seu respeito. Na maioria das vezes é de graça, sem mais nada. Sou um pouco assim, movido por um felling em relação a pessoas que acabo de conhecer. Diferentemente de muitos, porém, eu raramente erro no diagnóstico. Por exemplo: não gosto de corcundas, de mulheres que adoram alardear que de-tes-tam os homens (são as mais falsas de todas), de malucos de qualquer natureza, de gente que canta enquanto caminha ou que fede ou que é alegre demais. Como veem, pura idiossincrasia. Mas sempre há quem goste da gente mais ou menos como somos, desde que os defeitos não tornem a vida mais insuportável do que ela já é. Difícil mesmo é ter bom humor para entender que mesmo o sujeito mais mau humorado é, no fundo, apenas um cara mais lúcido que os demais, sem nenhuma modéstia.

10 de outubro de 2011

Mais nada

Preciso sempre me lembrar de que a única coisa que se ganha sendo gentil é a certeza de ter bancado o trouxa.

7 de outubro de 2011

Por fora, bela viola...

Eis que este blogue, ainda que morremorrendo, ficou de cara nova. Só a cara, porém, já que o conteúdo ainda é o mesmo, com a mesma ausência de humor, com as mesmas tiradas cruéis e, sobretudo, com o mesmo autor. Pensei em parar, como muita gente já fez, mas ainda prefiro isto ao mundo colorido do Facebook, onde todo mundo parece que se obriga a ser feliz, a gostar de criancinhas e cachorrinhos e a achar que tudo é vibe, baby! Para certas coisas, o blogue ainda é imbatível.

1 de outubro de 2011

Sumido, mas não morto.

Sei, faz tempo que não entro aqui. Isso não significa abandono, contudo. Mesmo por que tenho um relato a retomar e alguns poemas que gostaria de divulgar. Poderia fazer isso no Facebook, mas não gosto dele para esse tipo de atividade. Sim, tenho manias inexplicáveis.

31 de agosto de 2011

Poema antigo

Atendendo a um pedido pessoal de minha mais que querida Kuka Fischer:

"Nenhum sonho"

para a Madame Limbo

No fundo da floresta os lobos rondam,
Mas, organza sobre o rosto, tu contemplas
O sol aos poucos sumindo, a trilha aberta
E, sem querer, teus olhos de sono piscam.
Tu, entretecida, sorris: é quase um nada
Entre o que tiveste e o que te deram,
E isso não é amor, essa fenda ensanguentada;
Também não é paixão - espinho que te fere o ventre.
E os lobos, extenuados, voltam a suas tocas
Ao te levantares no silêncio que te expressa
Em meio às sombras desenhadas sobre o musgo,
O sol que desmaia, seus braços, nenhum sonho.

28 de julho de 2011

Frase mais ou menos solta - 11

A matilha que governa este país foi capaz de desmoralizar até mesmo a desmoralização. Sua capacidade de distorcer tudo a seu próprio favor não apenas prova sua vilania como principalmente mostra o povo estúpido que somos. Por acreditar nas mentiras ou por aceitá-las bovinamente.

27 de julho de 2011

Aventuras estomacais

Quando se vai para onde fomos, além da experiência do frio (que nem foi lá grande coisa) e de conviver com a turistaiada em geral, comer é uma das atividades mais interessantes que se pode fazer. A variedade, entretanto, não é das maiores. Existem os tais restaurantes de galeto (ao primo canto, como dizem lá. Para quem não sabe, trata-se de frango, daqueles bem novinhos, daí a denominação). A maior parte resume-se a refeições algo pantagruélicas: saladas, a sopa de capeletti, polenta frita, costela de porco, um bufê repleto de coisas, espaguete com direito à escolha de três ou quatro molhos, lasanha e por aí vai. Fora a sobremesa. Ou seja, come-se muito. Não propriamente bem, mas muito. Muito mesmo. Principalmente se você tiver o apetite do urso peludo que dividiu a mesa conosco. Sim, esqueci-me de dizer: quem vai em excursão com meia-pensão vai ter de dividir, em uma das refeições do dia, seu espaço em mesas coletivas. Coisa intima, umas 8 pessoas numa só mesa. No mínimo. Fazer isso nem chega a ser o maior problema, embora eu ODEIE mesas coletivas. A coisa complica quando as pessoas que dividem a mesa com você não conhecem minimamente qualquer regra de etiqueta social. O tal do urso peludo, por exemplo, devorava tudo que vinha à mesa, e com tal voracidade que achei melhor não esticar muito o braço para pegar um pedaço de polenta frita para não correr o risco de perder alguma parte da mão ou mesmo o braço inteiro. Complicado. Ademais, a família toda dele parecia ser composta de mortos de fome. O que explica o elogio que ouvimos a respeito da comida, que não era lá grande coisa. Para essa gente, o que importa é a quantidade (com preço bom) e não qualidade. Fiquei tentado a indicar para eles um restaurante que vimos perto da prefeitura da cidade, cujas refeições eram servidas ao módico preço de de 11 reais, com direito a suco, predominantemente frequentado pela elite da classe operária local. Era capaz até de nossos companheiros de mesa gostarem, mas preferi não arriscar. Afinal, estávamos em férias.

26 de julho de 2011

Quase no fim

A viagem de férias foi boa, se pensarmos bem. Claro, houve os contratempos de sempre, mas fomos poupados do estresse do aeroporto, tanto na ida quanto na volta - o que, no meu nada humilde entender, já é uma vitória, se levarmos em conta o estado em que o (des)governo petista deixou os aeroportos enquanto reclamava da herança maldita. O único problema é que não houve frio. Ou melhor, houve. Um arremedo de frio, coisa de 6 ou 7 graus durante o dia. Mas foi só. Na terça passada choveu o que choveria num mês inteiro, o que nos deixou presos no hotel (pelo menos a cama era confortável e a infraestrutura do hotel não deixava espaço para o tédio). E o mais importante, descansamos de um semestre que foi o diabo, com gente que é o diabo e situações que foram o diabo. (Claro, por "diabo", aqui, não me refiro especificamente ao ser mitológico, mas sim ao uso que se faz da palavra como imprecação. É preciso explicar tudo hoje em dia!) Também tivemos de passar por situações micadas, mas acho que isso sempre fará parte de qualquer viagem de férias. Sobre elas - as situações embaraçosas ou ridículas -, conto no próximo post. Aguardem.

4 de julho de 2011

Após um looongo intervalo...

"Das refrações"

Para V.

O que nunca está, não se define
Nem debuxo de óleos e amêndoa,
Nem o fio de negros cabelos em
Meus olhos que te buscam no escuro
Das estrelas ou na luz de poços
Mudos. Quisera que assim pudesses
E que eu pusesse a palma da mão
Em teu regaço que contudo proteges;
Mas, juntos, apartamo-nos no abismo
Sobre o qual debruçamos o igual
Que nos fere pele e pelos quais
Desamamos - embora amemos - serenos e mais.

11 de junho de 2011

Calma!

Fim de semestre é sempre um transtorno para quem leciona, daí meu sumiço. Depois, o cansaço que bate nessas ocasiões é daqueles que dá vontade apenas de dormir ou não fazer nada mesmo. Mas antes do final do mês voltarei a escrever aqui, antes que os(as) parcos(as) leitores(as) desistam.

27 de maio de 2011

O céu é o limite

Certas políticas de RH mostram que não há mesmo qualquer limitação para o burrice humana, notadamente se falarmos de (indi)gestores. Creio até que essa gente fica dia e noite imaginando como é possível prejudicar ainda mais os ditos "colaboradores". Perversão sexual é isso, e não aquilo que a maioria imagina ser.

24 de maio de 2011

Quem sabe...

A partir de julho, quando acho que terei mais tempo para mim, eu recomece a escrever. Poemas, a princípio. Mas, como anunciei no Facebook, talvez uma série de pequenos contos jocosos com uma protagonista de nome... Marta Rebecca ou dona Nogueira ou senhorita Avelaneira. Só sei, por enquanto, que ela terá como principal característica, o fato de ser uma ninfomaníca moralista, cuja vida é uma série de pequenas situações tragicômicas e banais. Vamos ver o que dirá o futuro.

14 de maio de 2011

Pergunta

De que adianta fazer curso de especialização se, na hora de fazer os trabalhos, você os compra ou manda outro alguém fazer? Ok, estamos no país das fraudes, mas nem todo mundo é o lula para fazer o que bem entender e ter certeza de que um dia a casa não vai cair...

No entanto...

...espero, com toda a sinceridade (que não existe), que ele se lasque de verdeamarelo, o que é quase certo, levando em conta sua índole autodestrutiva. Para seu consolo, pelo menos terá o prazer de eu não derramar uma lágrima por seu infortúnio.

Ao fim de tudo

Resta que, ao cabo, alguns ficaram e outros caíram no abismo escuro do esquecimento. Nem sequer seus nomes foram citados.

10 de maio de 2011

Beco sem saída

Pode ser a idade, o fim do mundo ou coisa pior, mas tenho percebido que mais e mais pessoas, de qualquer idade, sexo, religião, classe social e posicionamento ideológico têm escrito cada vez mais pior. Não vou dar uma de profeta do óbvio e dizer que isso é culpa disso ou daquilo, porque simplesmente não pode ser. Quando eu era jovem (sim, já tive essa doença), as HQs e a televisão seriam responsáveis pelo emburrecimento de minha geração. Não que eu me considere o máximo em termos de inteligência (ok, admito que acho sim), mas na comparação com o maremoto de asnos que trotam por aí, acho que estou no patamar das sumidades geniais. Mas se formos ficar somente no terreno redacional, é impressionante o quanto há de gente que não consegue escrever três linhas sem cometer ao menos oito impropriedades. E não me refiro a questões ortográficas ou de pontuação somente. É tudo: ideias que não se concatenam, frases que não mantêm qualquer ligação com as demais, de modo que tudo vira aquela maçaroca de afirmações descoladas umas das outras. Esse pessoal que tenta escrever alguma coisa hoje parece uma mistura de lula com a dilma: se você prestar realmente atenção, verá que não há nada lá. Talvez seja isso; o embotamento de qualquer forma de inteligência fazia parte do plano petista de tomada do poder. Mas acho que nem eles chegariam a tanto.
Verdade é que chegamos a um ponto em que não dá mais. Não vejo solução a médio ou longo prazo. Talvez um longuíssimo prazo. Uns 200 anos. E mesmo assim, vai ser pouco para consertar o estrago. Não, a culpa não é da internet ou dos cantores de hip hop ou do cacete a quatro. A culpa é de quem achou que escrever é questão de botar as ideias no papel ou na boca e sair por aí escrevendo ou falando/cantando. Não, povo, a coisa não para aí. É preciso também ter as tais ideias. É preciso também saber ordenar essa barafunda de coisas que surgem na cabeça. É preciso dominar as palavras e os mecanismo que regem a relação entre elas, e não deixar que elas levem você. E isso exige estudo, trabalho, dedicação. Justamente aquilo que "tudo isso que aí está" ensinou que não é para se fazer.

3 de maio de 2011

No fundo...

Não é uma questão de intolerância, mas tenho prevenção contra gente que acha que a era hippie não acabou. Por outro lado, também resisto contra quem acha que tudo é ocasião para usar terno (homens) e vestido (mulheres). É como o caso do perfume: tudo se resume a ser ou não adequado ao lugar e à hora. Posso dizer, contudo, que desconfio igualmente dos que usam sempre o mesmo tipo de roupa. Esses são os piores.

29 de abril de 2011

Nunca antes na história...(2)

Todos os governos, de um modo ou de outro, nos roubam. Mas estes últimos, dominados pela máquina voraz do sindicalismo petista e pelo fisiologismo mais descarado de todos os tempos, têm se esmerado em dilapidar o cidadão que trabalha. Sim, o que trabalha, porque os vagabundos de sempre, incluindo principalmente o chefe de todos, esses sempre escaparam das garras do Fisco e continuarão escapando. O trabalhador comum, aquele que tem o imposto descontado na fonte, esse vai continuar se f..., não importa se o partido é dos "trabalhadores" ou não. Uma vez no poder, todos se esquecem das bandeiras de justiça social e fiscal.

12 de abril de 2011

O mundo cheio de asnos

A experiência sempre temerária de sacar dinheiro em caixas eletrônicos pode ser ainda mais emocionante se você o fizer nos equipamentos de um certo banco espanhol, que conseguiu transformar um outro excelente banco (comprado pelo primeiro)numa sucursal do inferno. Trata-se de um desses notórios casos de nivelamento pelo pior. Enfim, como eu não tenho mesmo escolha e sou obrigado a manter uma conta nessa instituição, lá vou eu tentar sacar um dinheirinho, já que nem a possibilidade de transferência de valores aquela tranqueira me dá. (Ou melhor, dá, mas eu teria de ir até a agência onde mantenho conta, falar com o gerente, conseguir a maldita autorização para movimentar o MEU dinheiro da MINHA conta para outra, em outro banco.) Posto-me diante da máquina, faço todos os procedimentos necessários (insira seu cartão, aguarde a validação do cartão, retire seu cartão, digite sua senha, digite seu código alfanumérico, escolha a opção desejada etc.etc.) e descubro que apesar de ter direito a sacar 2 mil reais, estava limitado a 600 reais naquele terminal. Conformado, digitei o valor. Ouço o zumbido dentro da máquina. Outra vez. Mais uma vez. E outra. E outra. Depois de cinco minutos que pareceram vinte, a mensagem na tela: "Erro na contagem de notas. Operação cancelada." Vou ao terminal do lado. Opa, poderei sacar 1.500 reais dos 2 mil a que tenho direito! Que puxa! Digito o valor. Surge a mensagem: "Operação não disponível neste terminal." Das oito máquinas naquela agência, só duas funcionavam. Aquelas duas. Que funcionavam para os outros, não para mim. Nessas horas, é sempre bom pensar o quanto seria bom ter um sabre laser de verdade para cortar algumas cabeças por aí. Lembrei que havia, ali pertinho, outra agência do malfadado banco. Fui até lá. Dois terminais funcionando, epa! Mas foi alarme falso, consegui retirar parte do dinheiro. Eu disse "parte" porque, para variar, dos 2 mil reais a que eu tinha direito, eu só poderia sacar 1.500...
Acabou? Não, tem uma continuação, embora não envolva mais esse estabelecimento bancário dos infernos, mas uma loja de uma famosa rede de comida supostamente japonesa. Mas isso fica para uma próxima, se eu não me esquecer de postar mais essa aventura burlesca por mim vivida. O bom é que, pelo menos, não fui assaltado tão logo saí do recinto vermelho (devia ser de vergonha) do banco que só inova - embora eu ache que a inovação deles consista em como torturar ainda mais suas vítimas, digo, seus clientes.

8 de abril de 2011

Todo mundo

Todo mundo tem uma fase em que se sente uma verdadeira merda. Pois é como me encontro agora. Não aconteceu nada especial, nenhuma tragédia, desgraça ou estouro do cartão de crédito. Não levei um pé no traseiro, não peidei no elevador, não fiquei com chantili no nariz diante dos chefes e dos colegas. Também não bati o carro, não fui roubado (mais do que o normal), furtado ou sequestrado. Não perdi aquela viagem a Paris, não deixei de me mudar pro Canadá porque minha mãe iria morrer se eu fosse pra lá. Não aconteceu nada disso, nem coisa alguma. Talvez seja por isso que, neste momento, estou na fase de me sentir assim. Talvez seja o cansaço. Mas todo mundo tem disso. E ninguém tem nada a ver com isso.

29 de março de 2011

LImpeza

Para quem não percebeu: apaguei links que já eram, tirei blogues que não mais existem, joguei fora amigos e amigas que viraram ex-, ou meras lembranças desfocadas. Viver tem dessas coisas.

Frase sem freio

Muita gente já conhece esta, mas vá lá, já que o cérebro não está muito a fim de pensar nesses últimos dias:

O cárater (e mesmo a índole) de uma pessoa se dá a conhecer no momento em que ela exerce algum poder, por mínimo que seja. Há os que exibem sua face autoritária; outros mostram-se na plena irresponsabilidade; e há os que revelam talentos que o cotidiano caprichosamente ocultava. Não se trata de apontar, aqui, a potencialidade corruptora do poder, mas o quanto ele possui de força desmascaradora. E, olhem, pelo que tenho visto, não errei nenhum de meus palpites. Acho que eu devia ganhar um dinheiro com isso...

22 de março de 2011

Irritante

Tem coisa que me irrita mais do que qualquer outra. Café ruim, por exemplo. Sei que é difícil fazer um bom café, mas não é despropositado querer um que não seja indecente. Malucos, em geral, me tiram do sério. Se tiverem a mania de passarem o tempo todo pelas minhas costas, então... Se forem velhos, ainda pior. Se mulheres, e bonitas, é a desgraça.
Outra coisa irritante é gente que fica parada na porta do ônibus (ou do metrô) E NÃO DESCE! Essas eu tenho vontade de empurrar pra ver como elas caem - se sobre as quatro patas ou com a cara no cimento. Raciocínio semelhante para os que empatam a fila. Sabem o tipo? A fila, na frente, anda, e o(a) imbecil parado(a) esperando a banda do Chico Buarque (e seus apaniguados) passar.
Mas o top of the top, the cherry on the cake, é quem vai pra uma festa e fica o tempo todo com cara de bunda. Esses, só dando com a cara no muro de chapisco, como diz meu dileto amigo Fernando, um dos melhores frasistas que conheci até hoje. Se é pra ir na festa, que vá de boa vontade. Se não, melhor nem ir. É por essas e outras que eu prefiro nem sair de casa. Afinal, pra que dar aos outros o desprazer de minha presença?

17 de março de 2011

Das doideiras

Estava demorando pra aparecer mais uma criatura maluca em minha vida. A fulana, não bastasse ser feia, ainda é gorda. E de óculos de aros grossos e olhar de quem toma tarja preta. Aproxima-se de mim, rodeia-me e, enfim, dá o bote. Diz que eu falo "certas coisas" que a ofendem muito, ela que rala o dia inteiro (imagino em quê, mas afasto logo o pensamento) e acha que não merece ouvir determinadas coisas. Num repasse mental rápido, tento me lembrar o que, afinal, eu teria dito. Nenhum comentário racista, misógino, misantropo ou antipetista. Quase entrei em pânico, mas lembrei do naipe da figura à minha frente com seus olhos de camundongo dopado. E aí percebo a desgraça da lágrima escorrendo. Uma. Duas. Várias. "Porque não é possível a gente sofrer tanto o dia inteiro e ter que ouvir as coisas que o senhor diz..." Epa, epa, epa! Começa que "senhor" é a PQP. Querida, acho que você está completamente equivocada, não ofendi nem quis ofender ninguém, muito menos você. Ok, admito que, na verdade, o que realmente pensei foi: "E você acha que eu perderia meu tempo em ofender você? Na verdade só percebi sua existência agora, depois de você ter saído de sua toca...", mas achei melhor refrear o ímpeto. Fato é que não importa muito, pois a marmota não estava ali para ouvir qualquer argumento, mas apenas expor e compartilhar o incômodo da existência dela comigo fazendo-se de vítima, o que foi depois confirmado pelos que presenciaram a comédia. Enfim, eu já disse, neste mesmo blogue, que eu devo ser um ímã de gente doida. Pois é.

16 de março de 2011

Explicação

Há certas categorias humanas que parecem imunes ao efeito do banho: mal entram no ônibus e já fazem sentir sua presença, cujo magnetismo se resume ao fato de o cheiro que delas emana impregnar sua roupa e seus cabelos de maneira quase indelével. É isso ou vêm banhadas em perfume, daqueles baratos (ou mesmo dos caros), que de tão fortes até dão um barato e a ressaca respectiva. Volto a dizer: essa coisa de perfume é a maior mostra de refinamento que conheço. Ou você aprende a usar ou passa vergonha e irrita os demais. E tudo se resume a duas palavras: adequação e parcimônia. Agora, vá explicar isso para essa gente.

15 de março de 2011

Frase

Certos exemplares da humanidade, não contentes com o espetáculo grotesco que apresentam todos os dias, ainda fazem questão de incrementar sua performance com micagens que vão da careta de estátua de cera a vestidinhos de pano de toalha e tiara de florzinha. Ou, como presenciei hoje, calças que mostram a cueca suja e outras coisas mais desagradáveis ainda. Se é verdade que a evolução da espécie se dá por saltos, estamos dando um enorme agora. Mas é para trás.

Mais frases

Curso prático para odiar e ser odiado. Inscrições aqui.

11 de março de 2011

Asneiras

Nenhum terremoto é capaz de arrasar um país com a mesma eficiência que a malta petista. Onde ela passa só resta a morte, a destruição, o deserto moral.

9 de março de 2011

Leseira - 2

E a vontade, que já não era muita, esvaiu-se de vez frente aos últimos acontecimentos.

1 de março de 2011

Vazio

...mas o diabo é que ficou um vazio, um oco nos cantos das lembranças largadas no chão do corredor e nas quais tropeço, mesmo cuidoso.

28 de fevereiro de 2011

Luto

A morte de Moacyr Scliar, gostemos ou não de sua obra, é mais uma lacuna que se abre no cenário cultural brasileiro. Enquanto isso, as farsas (no campo literário ou não) continuam nos assombrando aqui e desde há muito...

25 de fevereiro de 2011

Assertivas

- O ponto positivo de ser careca é não precisar de pente nem de penteado.
- O problema das mulheres bonitas demais é que elas querem provar o tempo todo que são mais que um rostinho lindo e/ou um corpo desfrutável. E, muitas vezes, são apenas isso mesmo.
- Nada mais condizente com nosso tempo que os vampiros castos e a essa espantosa proliferação de zumbis. Nunca na história do mundo os imbecis mandaram tanto. E olhem que a concorrência, em todos os tempos, é do mais alto(??????) gabarito.

24 de fevereiro de 2011

Dos espíritos

Só acredito em fantasma de carne e osso. No caso, mais carne do que osso, embora eu até conheça alguns que são mais osso (e corcunda) do que carne.

22 de fevereiro de 2011

15 de fevereiro de 2011

Mentes pervertidas - 2

Pessoas que exigem tratamento gentil mas que são grosseiras. Ou, no mínimo, ríspidas. Mesmo sem ter consciência disso. De ambas as coisas.

10 de fevereiro de 2011

Curto, mas intenso

Você sabe que a coisa está mesmo perdida quando pessoas que trabalham com você e que supostamente fizeram um curso superior (e especializações e coisa e tal) escrevem suscinto, e não sucinto. Isso até mereceria um discurso, mas tenho receio de me extender, digo, estender demais e ser prolixo (ou prolicho, ou prolícso) além da conta, digo, prolixo e ponto final.

8 de fevereiro de 2011

Frases mais ou menos soltas - 11

- Gente burra tende a ser alegre. Ok, eu já disse isso. O que eu não disse é que a alegria desse jaez quase sempre é acompanhada de alienação e/ou ingenuidade política, social, cultural etc. Quer dizer: além da burrice, toleima.
- O que não significa que mau-humor seja um sinal incontestável de inteligência. Se assim, fosse, uma figura que eu conheço, famosa por seus rompantes de estrebuchação equina, seria um gênio da raça. Mas não conheço gente inteligente que não seja mal-humorada (e, até por isso, cruel).
- Claro que todo raciocínio generalista é somente isso, um raciocínio generalista. Nem por isso deixa de carregar uma dose venenosa de verdade. De uma, pelo menos. A de quem formulou o raciocínio.

2 de fevereiro de 2011

Poema

"Este poema não é para você"

Há uma balbúrdia ao derredor.
Quiçá a luz aconchegante e o café sobre a mesa.
A turba sandia dispara algaravias
Em toscas linhas sob o pé-direito vasto.
Não obstante isso, escrevo este poema,
Infenso à estultice que próxima a mim grassa.
Como a dizer do que descreio,
O destino, a divindade, cruzar de dedos,
A Fortuna, pesadelo, as pobres Parcas;
A última moda, o amor, o seu perfume.
E no fim desta tarde de plúmbeas plúvias,
O poema, esquadria pensa do que sinto,
Descencrava a harmonia que teimam os cacos em conspurcar.

26 de janeiro de 2011

Promessa é dúvida

No próximo post, um poema. Sim, este ainda é um blogue de literatura.

Frase mais ou menos solta - 10

O problema de certas mulheres é que, com elas, o verbal costuma vir antes do racional, se é que não vem sozinho. O problema de certos homens é que nem uma coisa, nem outra.

Frase mais ou menos solta - 9

O politicamente correto foi uma imbecilidade inventada para resolver um problema de dor de consciência que só serviu para criar um zilhão de outros problemas, sem resolver um milímetro que seja do primeiro.

15 de janeiro de 2011

Lapso

Ia me esquecendo do dizer, embora isso não tenha importância alguma qualquer que seja o referencial e/ou universo: completei 49 anos no último dia 12. E, diante disso, posso dizer sem medo algum de errar: a sensação é horrível. E não existe nenhuma transcendência nisso. Nem significado que não seja o da morte cada vez mais perto.

Nunca antes na história...

A humanidade sempre foi dominada pelos imbecis, mas ultimamente a desgraça anda exagerada, até mesmo para os baixos padrões de nossa espécie. E não me refiro apenas ao mundo político, espaço-mor da estupidez humana - e brasileira, em particular.

10 de janeiro de 2011

Magnetismo

Decididamente devo ter alguma espécie de ímã de doidos implantada em meu corpo. Onde quer que eu vá, esteja em que situação estiver, sempre haverá um maluco perto de mim. Muitas vezes trabalhando comigo. Deve ser essa minha personalidade sedutora e magnética, burilada pela vida. Esse jeito insuportável de olhar todo mundo com cara de nojo. Só pode ser.

7 de janeiro de 2011

Neutralidade

A partir de hoje, em determinadas situações e lugares, serei mais neutro que a Suíça, com a vantagem de que não fabricarei relógios-cuco. Há certas encrencas que é melhor mesmo evitar. Preserva o estômago e parte do cérebro.

6 de janeiro de 2011

Diálogo absurdo com gente surda

- Gente inteligente é triste.
- Ah, que ótimo! Você está dizendo que eu sou burra, então?
- Não.
- Mas se gente inteligente é triste, eu, que sou alegre...
- E quem disse que você é alegre?
- Ah, não adianta negar o que você disse!
- E eu disse o quê?
- Me chamou de burra.
- Não. Você é que se chamou de burra. E eu nunca achei você alegre.
- Você é um grosso, sem educação... E eu sou alegre, sim. Posso ser um montão de coisas, mas não sou triste.
- Você não entendeu a ironia da frase...
- Tá vendo? Me chamou de burra de novo!
- ...

4 de janeiro de 2011

O mesmo

Gente cuja palavra muda a cada piscada de olho (e não propriamente os da cabeça) só serve mesmo para tornar a vida dos outros um pântano de álcool, remédios, drogas e fingidos recatos.

1 de janeiro de 2011

Primeiro do ano

O que eu precisava agora é um comprimido de hidrocodona pra passar essa dor terrível que estou sentindo e que está me fazendo ver estrelas. E quem dera fosse ressaca. Não; é só dor mesmo. Física.

30 de dezembro de 2010

Naturalismo

Olha, longe de mim defender uma visão naturalista do gênero humano, mas tenho conhecido certas criaturas que quase me forçam a acreditar que há determinados indivíduos que não servem mesmo para galgar os degraus superiores do edifício social. Sabe aquela conversa de raça, meio e época? Pois é. Não sabem e não aprendem a se comportar socialmente. Continuam pertencendo ao gueto de onde saíram, não importa que tenham dinheiro, frequentem rodas sofisticadas etc. Permanecem meio animalescos. Alguns até rosnam se você esboça afagá-los (metaforicamente ou não). Espero estar errado, mas até agora nada me disse que estou equivocado.

29 de dezembro de 2010

Quase

Falta pouco para terminar este ano amaldiçoado. Pena que o próximo só nos traz promessas de desastres, ditaduras e dentes cerrados. Mas, até aí, nenhuma novidade, certo? Surpresa será se o que vier não for ruim.

25 de dezembro de 2010

Outra comparação

L.B. considera-se pessoa honesta e sincera ao dizer que não gosta da hipocrisia do natal. Claro que se esquece, providencialmente, de sua hipocrisia cotidiana, quando posa de criatura feliz e cordata quando, em verdade, é o ser mais irascível que pude conhecer em toda minha vida. Hipócrita por hipócrita, prefiro a falsidade de um momento que a farsa de uma vida inteira.

Comparação

O que existe em comum entre o lula e o papa é que ambos acreditam ser representantes de uma divindade aqui na Terra. A diferença é que o lula acredita mesmo nisso.

22 de dezembro de 2010

Burrice

Pior que tentar argumentar com burros, estúpidos e afins, é achar que você vai conseguir convencê-los de algo que já não esteja fincado no cérebro petrificado deles.

16 de dezembro de 2010

Frase mais ou menos solta - 8

As esquerdas - sinto dizê-lo - desmoralizaram-se por elas próprias. Pelo andar da carroça, o processo de autofagia seguirá até que não sobre a unha do pé. Esquerdo, evidentemente.

Dai-me paciência - 2

Ainda me espanto um pouco com a reação de determinadas figuras frente às minhas manifestações de misantropia e/ou desumanidade. Impressionante saber que ainda há quem se choque - sinceramente - com isso.

15 de dezembro de 2010

Arte

Minha querida B.D. acha que ser mal-humorada significa ser estúpida com as pessoas. Nada mais equivocado; a grosseria é apenas grosseria. O mal-humorado é um ser refinado em suas manifestações de desagrado em relação ao mundo que nos cerca, esse chiqueiro disfarçado de civilização. Ser mal-humorado transcende a cara feia e outras micagens. Trata-se de uma arte para poucos e muito bons. A ralé mental - sinto muito - está a parsecs de distância disso. Até porque a ralé é sempre feliz, mesmo quando é infeliz.

10 de dezembro de 2010

Das aprendizagens - 2

Nada como uma conversa insincera para que as verdades venham à tona. Por verdades, leiam: inveja, despeito, desprezo etc. Se eu me importasse com a pessoa, talvez isso me incomodasse. Mas o convívio tem dessa coisa boa: desvela o encantamento e desinfeta o entorno. Morrem os passarinhos, as fadas e o ar primaveril e fica apenas o cadáver nu e pútrido do gênero humano.

Das aprendizagens

Receita para angariar antipatias: trabalhe mais. E melhor.

9 de dezembro de 2010

Frase mais ou menos solta - 7

Há muito deixei de ter esperança em qualquer coisa e/ou em alguém. Nem por isso desisto. Como eu já disse, não quero dar o prazer de minha morte prematura a ninguém, incluindo as figuras odiosas de L.B. e R.L. Que apodreçam na latrina dos infernos que eles mesmos criaram...

Nokia Brasil - Desafio Sociometro

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7 de dezembro de 2010

Licença para matar

Levando em conta o que determinados "estudantes" e "formadores de opinião" escrevem e/ou dizem, deveria ser proposta pena de morte a quem, deliberadamente (por falta de estudo ou coisa do tipo), assassina o idioma. Seria um massacre.

2 de dezembro de 2010

Radar

Atentem para certos automóveis no trânsito: toda vez que você vir um que tem aquele peixinho estilizado na traseira, saia de perto. São os cristãos, a raça mais f.d.p. do planeta no que tange à selvageria e à incompetência na condução de veículos. O mesmo vale para os infelizes que grudaram aquele adesivo distribuído por uma seguradora famosa, que resolveu levar adiante uma campanha de gentileza no trânsito. Depois dos cristãos, são os piores motoristas que conheci. Piores até do que eu mesmo.

Com o humor em dia

Devo dizer que não tem nada mais irritante que gente que parece sempre gentil. Nem preciso lembrar que "gentil" rima com "servil", preciso?

30 de novembro de 2010

Frase mais ou menos solta - 6

Não vejo problema algum em não querer trabalhar, desde que você não queira que eu pague a sua parte na conta do restaurante, do mercado, da padaria etc.

29 de novembro de 2010

Doença

Sabe aquele tipo de pessoa que gruda na gente feito doença, praga, coisa ruim, pesadelo? Do naipe que você, mesmo querendo, não consegue se livrar, não consegue esquecer, não tem como colocar de lado? Daquela que você vê em cada esquina, com a qual você sonha como um sino tocando dentro de você? Quem dera ter uma!...

27 de novembro de 2010

Cansa

É um porre quando, não bastasse o calor da peste, ainda temos de aguentar o mau gosto dos vizinhos em relação à música.

Dai-me paciência

...para aguentar gente que não sabe o que pretende da vida, que vê todo conselho como "tentativa de se mostrar superior", que mesmo fazendo o que gosta não se esforça para se aprimorar, que acha ser vítima de conspiração, que diz não gostar de elogios mas odeia quando a criticam etc. etc. Figuras assim deviam ser internadas, trancafiadas e receber choques elétricos três vezes ao dia até deixar de frescura.

Dos prazeres

Cada vez mais difícil.

Nokia Brasil - Desafio Sociometro

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