15 de outubro de 2011

Olha, cansa...

As coisas são assim: você pode até simpatizar com alguém, mas não tem como fazer com esse alguém simpatize com você. Ou vice-versa. E nem é por conta de algo que você tenha feito ou deixado de fazer, por causa de seu perfume ou de um odor particular, ou mesmo em função do que outros disseram a seu respeito. Na maioria das vezes é de graça, sem mais nada. Sou um pouco assim, movido por um felling em relação a pessoas que acabo de conhecer. Diferentemente de muitos, porém, eu raramente erro no diagnóstico. Por exemplo: não gosto de corcundas, de mulheres que adoram alardear que de-tes-tam os homens (são as mais falsas de todas), de malucos de qualquer natureza, de gente que canta enquanto caminha ou que fede ou que é alegre demais. Como veem, pura idiossincrasia. Mas sempre há quem goste da gente mais ou menos como somos, desde que os defeitos não tornem a vida mais insuportável do que ela já é. Difícil mesmo é ter bom humor para entender que mesmo o sujeito mais mau humorado é, no fundo, apenas um cara mais lúcido que os demais, sem nenhuma modéstia.