28 de janeiro de 2008

Comentários matutinos

O feriado esticado foi bom, num certo sentido. Claro, poderia ter trabalhado dia 25, se eu quisesse, mas não quis. Não direi que estou numa maré de tranqüilidade, que isso seria falsear ainda mais minha existência, mas não direi que o cenário é de desespero total. Pelo menos ainda não.
Não fui ao cinema, contudo. Também deixei para começar aquele livro em outro dia. Não experimentei aquele prato sobre o qual todos comentam, naquele restaurante de que todo mundo fala. Nada disso. Recolhi-me em casa, fiquei lendo revistas e jornais, revendo DVDs de algumas séries de TV favoritas, pensando em coisa alguma. Às vezes precisamos disso para não cairmos na loucura e não sairmos por aí dando tiros e desferindo golpes de porrete nas pessoas. Não que eu, algum dia, faça isso - embora até dê vontade, mas em alvos bem específicos. Mas é sempre bom se isolar um instante para que a sandice da mundo não nos contamine ainda mais.
Amanhã volto com o humor de sempre.

19 de janeiro de 2008

Ressaca...

Estive ausente. Mais até do que gostaria. Culpa das dívidas, dos trabalhos mal-remunerados, da desgraceira que é viver neste país de bosta. A vida parece começar a entrar nos eixos - o novo trabalho é legal, as pessoas são ótimas. E, salvo acidentes de percurso, a CULT continua. Só a faculdade mesmo é que parece ir pro saco. A novidade é que o insidioso não mais estará lá - mas como ele mesmo disse, "não precisa do dinheiro" - então, já foi (muito tarde). Infelizmente, uma porrada de gente continua no mesmo lugar, e eu não me refiro à faculdade...

Duas calças aprontou de novo. Modificou inteiramente um documento e, na hora da apresentação, diante das observações acerca das incongruências do mesmo, teve a desfaçatez de dizer que "é, eu também reparei nisso, mas não quis dizer nada..." Como assim, cara-pálida?
E, desfiando seus amplos conhecimentos de alemão, "decidiu" que substantivos naquele idioma são grafados com inicial minúscula, e que preposições grafam-se com inicial maiúscula. E ainda faz questão de ressaltar suas origens germânicas.

Com tanto trabalho, cadê tempo de viver?

9 de janeiro de 2008

As velhas novidades de sempre...

Nem bem começou o ano e já mudei de emprego. Comecei como freelancer numa grande editora aqui de São Paulo. Confesso que deu e ainda dá um frio na barriga (que preciso perder, por sinal) ficar meio ao léu, sabem como é? Sem carteira assinada, só com umas aulinhas que mal dão pra pagar a gasolina. O resto da grana dependendo desse serviços, que estão sempre lá, mas que, no fundo, não deixam de ser eventuais. Mas estou gostando, para ser sincero. O mundo das faculdades particulares parece estar encolhendo cada vez mais (e não me refiro às questões físicas) e tudo virou mercadoria e valor de troca. Não sirvo para isso. Não sirvo a isso.
Na labuta, alguns resultados interessantes: um texto publicado no site da CULT, com assinatura; outro, sem. Para quem tiver interesse, é só procurar o link aí ao lado. O primeiro é uma resenha de um livro sobre o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo. O segundo, uma análise ligeira sobre o seriado House. E vem mais por aí. (O que me faz lembrar que estou devendo uns textos para meu amigo e parceiro de Letras, o Rodrigo Gurgel.)
Fora isso, o de sempre. Ou seja, a lameira em que este país mais e mais afunda. Juro: vou pedir asilo político no Canadá.

1 de janeiro de 2008

Três notas para começar bem o ano

1. Uma vez, entre amigos, declarei que não existe crime pior, nos tempos atuais, que se declarar ateu. Cercados que estamos pelos neofundamentalistas, dizer-se ateu equivale a assumir a homossexualidade (há pouco tempo)ou o racismo (mais recentemente). Aliás, pelo que consigo perceber, ser ateu é ainda pior que tudo isso junto. É como se o ateísmo fosse condição para que a pessoa seja o que de mais podre existe no universo.
2. A respeito do gênero humano, Duas Calças (personagem que acabei de criar) me ensinou que não existe intolerância pior do que aquela que vem dos que se dizem tolerantes. Aliás, só o fato de serem "tolerantes" já diz muito da condição calhorda dessa corja. Duas Calças, diga-se de passagem, é assaz tolerante.
3. O que dizer do projeto do Aldo Rebelo que proíbe o uso de palavras "estrangeiras" nos textos e documentos aqui produzidos? Ridículo, para dizer o mínimo. Fascista, se quisermos ser sérios.

Feliz 2008, embora eu duvide disso.