4 de julho de 2011

Após um looongo intervalo...

"Das refrações"

Para V.

O que nunca está, não se define
Nem debuxo de óleos e amêndoa,
Nem o fio de negros cabelos em
Meus olhos que te buscam no escuro
Das estrelas ou na luz de poços
Mudos. Quisera que assim pudesses
E que eu pusesse a palma da mão
Em teu regaço que contudo proteges;
Mas, juntos, apartamo-nos no abismo
Sobre o qual debruçamos o igual
Que nos fere pele e pelos quais
Desamamos - embora amemos - serenos e mais.