17 de fevereiro de 2009

Nuvens de tempestade

A cena política não promete nada que não o costumeiro: ditaduras aqui e ali, disfarçadas de "democracia"; a corrupção em todos os níveis e nas formas mais escandalosas; o aparelhamento do Estado em função dos "amigos"; a rapinagem de sempre, numa repetição nauseante "disso que está aí". Pode até ser que nos safemos do diabo da crise, ainda que os mortos sejam contados aos milhares, mas nem isso nos salvará de políticos mais e mais embriagados pelo poder a ponto de perderem todos - eu disse TODOS - os tênues freios morais que ainda sustentavam as encenações de alguma dignidade. E não há para onde ir, já que "oposição" virou termo obsceno - aqui e alhures. Bom, mas nem nisso há qualquer novidade, há?

Tem coisa mais odiosa que gente que defende "a moral e os bons costumes"? Esses fazem par com os que adoram defender os "oprimidos", mas não abrem mão de seus próprios confortos burgueses. É por isso que não defendo nem uns nem outros, ora essa. Afinal, alguém por aí me defende? Pois é, nem precisam responder...

Só uma palavra: cáspite!