18 de junho de 2007

Como fazer inimigos e atazanar as pessoas

Além do prometido romance - que, acreditem, está sendo escrito - eu deveria ocupar meu tempo livre com a redação de livros de auto-ajuda. Assim como meu querido parceiro Zé Mucinho teve seu O Sucesso Não Ocorre no Meu Caso, cujo título parodia esse tipo de publicação, também eu deveria investir no segmento, com enormes chances de sucesso. E, para que não saiam por aí dizendo que minha única preocupação é com o marketing pessoal, escreverei um híbrido de livro de memórias com manual do escoteiro-mirim, cujo nome encima este post. Em grande parte baseado em minhas experiências pessoais no trato diário com a humanidade, meu livro estará na cabeceira de todos os grandes líderes mundiais, dos regionais, dos locais e até mesmo dos suburbanos. Claro que um e outro prescindirão do material, visto serem craques na matéria. Penso, inclusive, na nobre classe dos escritores - em particular a dos poetas, embora isso valha para alguns prosadores - que certamente encontrarão no meu livro uma fonte quase inesgotável de inspiração para o exercício da arte literária brasileira. Não direi, contudo, que parte considerável dos conselhos veio da observação atenta do comportamento de alguns nobres colegas, que isso seria mentira caluniosa. Não, meu livro baseia-se apenas e tão somente em mim mesmo, a única pessoa capaz de ter semelhante grau de iluminação, como nunca na história deste país. Aguardem, pois, mais um produto de minha genialidade. Breve, em todas as sex-shops do planeta. Haverá tradução em catalão e iídiche, para quem quiser.