9 de novembro de 2006

Mais poema.

"Da solidão"

Hoje acordei com teu sussurro
Fazendo riscos na paisagem de chumbo
Que eu insistia em esboçar.
Mas me virei, sentindo o gosto
Dos sonhos mal digeridos
E tu não estavas ali, e a janela
Me trazia um céu de sangue
Borrado enquanto crianças gritavam
E metais se retorciam
Em água e óleo e silêncios
Sujos que a chuva não lavava.
Há dias assim: de espaços
Impreenchíveis, de vozes
Que vêm sem mais - olho sem íris -
Em que o sol se abre
Para bocas secas e sem dentes,
Fendas que se fizeram de repente.


Ontem fui testemunha de um desastre que certamente passará à história como o novo "dia em que a música morreu"...

8 comentários:

Unknown disse...

Consegui! Agora deu certo... hahahaha...
Seu blog está super bacana!
Parabéns!
Bjo

Fransueldes de Abreu disse...

Parabéns pelo blog. A parte visual está bem de acordo com o título da página. Existe algo de arquitetura visual aqui para além da já esperada arquitetura verbal. Grande abraço e boa sorte com a nova casa.

Claudinei disse...

maravilha, Ricardo. Consegui chegar agora. Tava sentido falta deste espaço. VAleu. Abraços

Vivis disse...

Desastre? Ãh? Como assim?

Unknown disse...

Ah! Consegui...rsrs! Obrigada...preciso estar aqui! Beijos e parabéns!

Unknown disse...

Oiii, amor! Cheguei finalmente!!!! Liga pela demora, não, tá? Não tenho um computador para chamar de meu, sou analfabeta digital e não somente, mas, vc me aceita do jeito que eu sou por isso te amo...
Está lindo este novo blog, quanto aos chatos que te perseguem se quiser que eu quebre a cara de alguém é só me avisar... Beijos, kerido, todos na boca!!!!!!!rsssssss....

Fátima disse...

Gostei muito dos poemas. Como consegues escrever verdades tão duras em linhas/construções tão suaves?
Falando nisso, quando sai o livro?
Beijos!!!

Unknown disse...

opa opa cheguei

depois, com mais calma, deixo um comentário