11 de dezembro de 2006

Do mal e outras amenidades

Isto não é uma defesa da antipática tese que divide o mundo entre o "bem" e o "mal", ou como dizem os norte-americanos: entre os "bad guys" e os "good guys". Não acho que seja assim, essa coisa maniqueísta, e que tenta transformar em algo natural aquilo que é, essencialmente, psicossocial. Mas existem aqueles que parecem ter nascido para isso. Ou foram assim criados. E o que há em comum neles é a absoluta ausência da consideração pelo outro, que sempre é visto como aquele que deve ser vilipendiado. Seja como bajulador, seja como vítima de toda e qualquer violência possível. Conheço muitas pessoas assim. Não passa pela cabeça delas que temos contas para pagar, uma família (às vezes duas ou mais, conforme o caso), que nossa vida não se resume às picuinhas que eles próprios alimentam a fim de ganhar mais e mais poder. Para eles, a vida do outro não importa. Não vale nada. Daí as ameaças físicas, morais. Daí quererem o tempo todo processar quem não concorda com a visão doentia deles. Daí a profusão de chicaneiros. Como sempre há trouxas (ou conveniências) que façam o joguinho sujo dessas figuras, permanecemos assim. Será questão de ignorar a presença deles? E quando sua vida acaba cruzando o caminho dessas criaturas? Combatê-las significa criar o inferno para si mesmo(a); acatá-las significa aceitar a hipocrisia da relação. Afinal, somos todos farsantes, não é mesmo? Alguns mais, outros menos, mas todos. E, pensando bem, isso explica à perfeição como é que chegamos onde estamos: na merda. Enfim, boa semana para todos(as)!

Um comentário:

Kuka disse...

Suasemana tem aparentemente sido parecida com a minha...