15 de maio de 2007

Pausa lírica

Tenho amigas lindas, talvez as mais lindas do mundo, se é que posso exagerar. E guardo o maior carinho por todas, tenho ciúmes delas, sempre quero ajudá-las, ainda que isso implique sacrifícios imensos de minha parte. Gosto de ver o sorriso no rosto delas. Diferente de alguns, não tenciono fazer sexo com elas, embora não desgoste da idéia em si - que fica, entretanto, restrita às fantasias ou devaneios que todos temos. Gosto delas. Simples assim. Algumas são engraçadas, outras mais singelas. Umas são tímidas, outras atiradas. Mas todas são amigas, dessas que ajudam a gente nas horas difíceis, e que a gente ajuda, idem, idem. Difícil dizer de quem gosto mais.
Há uma, porém, que me chama mais a atenção. Por ser difícil, por ser dúctil, por sua líquida presença que se esvai no seguinte instante. Demoramos para nos encontrar, o que se fez numa noite ligeira, de palavras mais ligeiras ainda, e eu tentando escavar - a pá e picareta - uma gema que fosse que se comparasse ao brilho daqueles olhos a um tempo riso e tristeza, da boca que mostrava os dentes perfeitos e o voz que era mel e melodia. E eu medindo aquela moça alta, de corpo esguio e de luz, tertúlia, perfume. Essa moça é minha amiga. E nem sabe que é tanto assim. Talvez se assuste, talvez derrube o prato do almoço, talvez me esmurre e me derrube no meio da rua. Mas nem me importo, porque é tão difícil acreditar que pessoas como ela existam, e que não precisamos nos matar, porque ainda existe um sentido cujo alcance nem sei, mas minha amiga é a prova - agora concreta - de que sim. Que sim. Sim.

2 comentários:

Kuka disse...

Meu deus! Consegui entrar!!! Vamos comemorar! Vamos estourar um guaraná! Vamos anotar o dia pra comemorar o ano que vem!

Kuka disse...

(daí quando eu consigo entrar, não tenho o que dizer)