15 de agosto de 2007

O horror, o horror...

Detesto cachorros. Aliás, acho que qualquer espécie animal cuja boca tenha abertura suficiente para levar minha mão embora deveria ficar do lado de dentro da jaula. Não é isso, porém, que me faz odiá-los. O problema dos cães é que eles são submissos ao ser humano - a pior espécie viva deste planetinha em que tentamos existir. É até plausível dizer que tenho ojeriza maior aos donos que aos cachorros propriamente ditos. Quem, em sã consciência, pode achar um pitbull "bonitinho"? Ou um buldogue? Ou uma dessas bolas de pêlo cujos latidos ultrapassam qualquer nível decente de decibéis e fazem seu cérebro doer como se uma agulha o estivesse atravesando? Se não fosse passível de processo criminal, minha vontade seria praticar futebol com cachorros fofinhos e peludos. E tiro ao alvo com os grandes.
Dito isso, se existe uma coisa que me revolta as vísceras é ver o que muita gente considerada mais decente que eu faz com seus bichinhos de estimação tão logo eles começam a se tornar estorvos: abandonam os animais por aí. Isso quando não os matam de fome ou doença. Enquanto o danado do bicho for bonitinho e coisa e tal, tudo bem. A partir do momento em que ele passa a roer móveis, sapatos e a fazer suas necessidades pela casa, rua! Ninguém se lembra de que estão tratando com um ser vivo, que sangra e sente dor. Oras, é só uma "coisa" mesmo, não é? Essa irresponsabilidade, somada à total ausência de sentimentos, é que me enoja. Mas alguém aí liga para o que acontece com quem não pode(mais)falar?