21 de junho de 2008

Cansaço

Sumi, não? Nessa labuta para pagar contas e saldar dívidas impagáveis, acabei excedendo todos o limites do bom-senso e peguei todos os trabalhos que atravessaram meu caminho. Insanidade total. Claro que até agora não recebi um tostão. É sempre assim: para cobrar a entrega do material todo mundo é rápido; para pagar o que nos devem, pra que tanta pressa? E ainda tenho de ver gente dizendo que o marxismo está superado.

Sabem aquela notícia boa que eu dizia que talvez pudesse dar? Pois então: não vai ser dessa vez. No fundo de meus intestinos eu já imaginava isso, mas vocês sabem que ninguém resiste a uma ilusãozinha no fim do poço, não é mesmo?

A quem gosta de mim: acabou de sair um número da Biblioteca Entrelivros que trata de Machado de Assis. Este que vos escreve contribuiu com um artigo chinfrim, lá no final da revista, que é quando todo mundo já está de saco cheio e nem presta mais atenção ao amontoado de asneiras impressas ali. Mas tem coisa boa na publicação, à venda nas boas bancas de jornal deste país. Comprem e divulguem.

4 de junho de 2008

Rápido!

Atulhado de trabalho. Outra vez: se a relação entre a quantidade de coisas a fazer e a remuneração correspondente fosse direta, eu estaria vivendo em Paris, flanando por uns trinta anos. Mas a coisa é inversamente proporcional: quanto mais se trabalha, menos se ganha. A não ser que você seja o dono do negócio. Mas o melhor de tudo mesmo é virar político profissional. O problema é que não tenho estômago pra isso. Muito menos tenho vocação para calhorda. Até tento, mas jamais chegarei ao nível de quem já rodou por praças e roeu nervos pelas calçadas da Vila Madalena.

1 de junho de 2008

Ah...

Alguns dias de frio, o que trouxe - por breves instantes - a ilusão de que isto aqui (ô,ô) poderia chegar perto de ser um país civilizado. Ainda bem que as imagens de Lula e seus comparsas sempre desfazem qualquer vã esperança nesse sentido. Esta semana promete. Horrores, como não poderia deixar de ser. Peguei um trabalho meio chato, mas que vai pagar até que bem. Como desgraça nunca vem sozinha, recebi uma ligação dizendo que um outro livro, que eu havia revisado faz mais de um mês, voltou para a segunda prova e, agora, eu teria de pegar essa segunda parte. E entregar em duas semanas. Simples assim. Quer dizer: além de ter de ficar mendigando o pagamento de meus serviços naquela editora caloteira, é só descolar um outro trabalho que tudo o que não veio quando deveria ter vindo acaba chegando de uma só vez. Alegria de pobre é assim mesmo.
As boas notícias continuam em compasso de espera. Como existe um ditado que diz que "coisa ruim vem a galope" (ditado, claro, do tempo em que o cavalo era o meio de transporte mais veloz), espero que a lentidão seja sinônimo de coisas positivas. Não é, nem será, mas não custa nada se iludir nem que seja um pouquinho...