Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
19 de março de 2009
Ô raça!
Detesto poetas. Sobretudo os que acreditam que o são e declaram isso. Costumo fugir deles mais do que fujo de bêbados e doidos de rua. Poetas são insuportáveis. Concretos, neoconcretos ou nada disso, muito pelo contrário. Piores que eles, só os religiosos. E os políticos. E os políticos religiosos. E professores do ensino fundamental e do médio. Poetas são seres perigosos, mas tornam-se armas mortais quando desandam a falar de sua própria obra e de seu processo "criativo". Aí, só mesmo uma lobotomia para resolver. Em você, não nele. Mas sempre é tempo de pegar uma chave de fenda e enfiar na cabeça, escarafunchando bem o cérebro. Não se preocupe, depois de ouvir o poeta não ia sobrar nada que prestasse mesmo. Mas eu, do baixo de minha impaciência imensurável, só fiz mesmo fazer caras e bocas de enooorrrme interesse e tentar fazer com que o poeta se mancasse da caceteação a que ele me submetia - o que não deu certo, já que o ego dessa gente impede que elas enxerguem uma jamanta em direção delas, quanto mais um pobre ouvinte desprevenido. O bom é que sobrevivi para contar isso a vocês...