12 de junho de 2009

Aviso aos navegantes

O chavão do título se justifica: trata-se de esclarecer uma questão que já deveria ter ficado implícita nos pressupostos deste blogue, mas como vivemos tempos mais e mais explícitos (você tem de explicar tudo, absolutamente TUDO, já que falta inteligência - ou sobra má-fé - à maioria de seus interlocutores), convém novamente explicar.
Nem tudo o que aqui se escreve (melhor seria dizer quase nada) reflete necessariamente o que o dono do blogue realmente pensa a respeito de tal e qual assunto. É caso de discutir se o referido sujeito PENSA, mas aí já é outra história. Pra variar, confunde-se a persona, a personagem, com a pessoa - que não são uma e única coisa, embora possam compartilhar do mesmo corpo eventualmente.
A graça está aí, no jogo de incertezas que o texto estabelece. Por exemplo, quantos idiotas não acham que Brás Cubas reflete exatamente o que seu criador, Machado de Assis, achava de seu mundo e tempo? Nem por isso é impossível afirmar o contrário. Mas chega a ser engraçado saber que pessoas que leem este blogue tomem como verdade pessoal deste que aqui escreve a enxurrada de maledicências e comentários ligeiros que são aqui postadas. Nem mesmo as lamúrias pessoais, bem pesadas as coisas, são propriamente pessoais. Mas acho que não adianta argumentar com quem raciocine (?) de modo diverso.
Vou repetir: tudo aqui é mentira.