18 de maio de 2010

Aula básica

Quantas vezes tenho de dizer: não confundam minhas manifestações literárias com algo que encerre alguma verdade. Absolutamente tudo aqui é invenção de uma mente doentia. Mas isso qualquer estudante, de Letras ou não, deveria saber. Não tenho culpa se a burrice ou a maldade imperam por aí. É por essas é outras que desisti de escrever prosa ficcional. As pessoas acham que a personagem é alguém que eu conheça realmente, e aí a perversão corre solta. Então no dia em que eu escrever usando uma voz feminina significa que eu virei travesti, transformista ou mulher? Minhas personagens bebem; isso significa que eu sou um bebum inveterado? Vamos deixar claro de uma vez: tudo aqui é mentira. Eu mesmo não existo, sou uma personagem inventada por um sujeito que se esconde na alcunha de "O arquiteto das palavras". Por acaso vocês também acham que as opiniões de Brás Cubas eram as do Machado de Assis? Se acham, então peço que revejam tudo o que supostamente aprenderam, porque não aprenderam nadinha de nada. É irritante ter de voltar o tempo todo a essa mesma ladainha, que inferno!