13 de março de 2007

Poema, depois de muito tempo...

Dos trincos

Ando temeroso pelas ruas da cidade
Mesmo quando o sol nos esbofeteia
Ou à noite, desviando nas calçadas
Da merda nelas largada - suspensa
A respiração, enquanto pessoas aos
Grupos falam alto e seus gritos
Chegam às janelas onde me refugio.
E nos telhados gatos gemem e trepam
Aos guinchos e há um barro que a chuva
Leva aos baixos e aos canos.
Mas quem diz que pode ser diverso?
O que sussurram os beirais dos pesadelos
De privadas falas? Deus não existe
Mas tem inúmeros representantes
Na TV e em programas de rádio.
À parte isso, crianças são dilaceradas
E sempre é possível levar um tiro perdido
No meio da cara.
(Nesse momento tranco a porta
E verifico a trava das janelas.)

5 comentários:

Cláudia Dans disse...

oi Ricardo!
Seja bem-vindo a esta vida corrida mas, sempre singela! rsrsr

Beijos!

Suzi disse...

Ricardo, meu caro.

Belo poema. Ao ler os últimos versos, não pude deixar de lembrar da menina que levou um tiro num assalto a banco... sem falar de...

Bom deixa disso. Há muitas lembranças dessas estampadas todos os dias no jornal.

Fica aqui meu agradecimento por ter visitado minha nova casa. Hey, de retorno ao blog, eu entendo. ;o)

Fátima disse...

Valeu a pena esperar a sua volta.
Um poema que diz tudo dos dias atuais e dos dias de sempre.
Beijos.

Drika disse...

E vivemos aprisionados para sempre.

Que bom q vc voltou, Ricardo!

bjos!!!

drika4ever, a pessoa que não sabe mudar o nome de exibição na conta do Gúgou.

Linda Graal disse...

Olá!!! as imagens são riquíssimas! dos trincos é muito interessante!! adorei! amplexos!