24 de julho de 2007

Paroles, parolagens...

Correu tudo bem na sessão de comunicações da Abralic, ontem. Para quem não sabe, explico: a Abralic (Associação Brasileira de Literatura Comparada) organiza encontros regionais e congressos internacionais que reúnem professores mestres e doutores para falar sobre... Literatura sob a perspectiva comparativista, embora não só por ela. Nessas ocasiões, além das mesas-redondas, há um espaço para a divulgação de trabalhos (em andamento ou concluídos) dos professores titulados, sob a forma de comunicações breves. Em geral, cada um lê um texto previamente escrito - embora sempre haja quem ensaie uma fala mais ou menos improvisada na hora -, a que se segue um tempo para debates entre os expositores e o público eventualmente presente. É, é bem acadêmico - no bom e no mau sentido. Mas o mais divertido é ter a oportunidade de perceber que há uma quantidade enorme de trabalhos que não valem o papel em que foram escritos, assim como também há outros cujo brilhantismo causa inveja, a boa inveja. Além do que os contatos que se estabelecem nessas ocasiões são sempre interessantes, pelo menos do ponto de vista acadêmico e intelectual. Ah, meu trabalho foi bem recebido, mas fiquei com o forte impressão de que metade da audiência não tinha a menor idéia do que eu estava falando...rsrsr! Nada muito diferente de "dar aulas", afinal...

Gastei o que não tenho e comprei três livros: Diálogos com Leucó, de Cesare Pavese; Belverede, do Chacal; e Cemitério, do Paulo Emílio Salles Gomes. Dos três, o do Chacal tem lançamento amanhã, a partir das 19h00, na Livraria da Vila da Fradique Coutinho. Dos demais, comento depois.