Blogue de um pretenso poeta, intelectual de cafeteria, reclamão de todas as horas e professor de Literatura por profissão (e, dizem, talento). Poemas e exercícios narrativos, crítica de cultura e maledicências ligeiras em tom farsesco. Tudo aqui é mentira.
4 de março de 2009
Reflexão irrefletida - 4
A respeito do post de ontem: um dos lugares-comuns mais irritantes é esse, de dizer-se "sincero" e de, por conseguinte, "odiar falsidade". Tudo bem, mas experimente ser sincero com essa gente. No mínimo você será processado. Sem falsidade, não atravessaríamos a rua (parafraseando Nelson Rodrigues), não conseguiríamos trabalhar, não comeríamos nenhuma mulher, não viveríamos em sociedade. Nesse sentido, nada há mais verdadeiro que afirmar sua condição de insincero e de falso. É isso que mantém seus dentes em sua boca, em suma.