21 de novembro de 2009

Uma notícia nova, por favor!

- Nunca na história deste país caminhamos tão decididamente para a abertura de um fosso social em que serão atirados todos os que discordarem do pensamento imposto pelos que se apoderaram do Estado. Mais ou menos como os nazistas faziam com os corpos dos judeus que eram massacrados nos campos de concentração. Qualquer semelhança não é banal coincidência.
- Sinto pelos que acreditam nisto que aí está - muitos, inclusive, gente pela qual nutro admiração -, mas não tenho como acreditar na propaganda oficial de um país melhor. Onde, cara pálida? Para os amigos do poder, até pode ser; para os que se opõem (de verdade, não essa mentirinha que chamam de "oposição", ela própria comprometida com o esgoto da politicalha), os restos - e talvez nem isso.
- Justiça? É de chorar encontrar quem ainda tenha alguma esperança nela. Ela não existe, nunca existiu e, quando dá as caras, é apenas para proteger os poderosos, os que podem pagar para advogados chicaneiros extorquir suas vítimas em processos insanos, os que compram juízes para emissão de sentenças favoráveis. A censura, que nunca morreu, está aí de volta para provar isso.
- Consciência negra? Ok, não nego a necessidade disso. Mas digamos, em tese, que alguém proponha um dia da "consciência oriental". Isso receberá a pecha de "manifestação racista"? Serei (mais) discriminado nas ruas? Terei de usar burka? Ou, pior: teremos festividades nas quais vocês verão a "verdadeira manifestação da arte e da sabedoria oriental" etc. etc.? O próximo passo é exigir cotas para os orientais em novelas, publicidade e nas universidades. E não venham me dizer que "com vocês foi diferente", porque não foi e não é.
- E vocês ainda me vêm falar nas previsões maias do fim do mundo? Começa que, se os oráculos daquela civilização fossem tão bons assim, teriam previsto sua própria destruição. Depois, para que prever o que é mais do que óbvio? Nós, que trazemos embutido germe de nossa condição predadora, não deixaremos senão nossos prédios, nossas conquistas tecnológicas, tudo apodrecendo, entregue às baratas. Mas eu nem preciso ser feiticeiro ou o escambau para "prever" isso...